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Bolsonaro representa risco à democracia, escreve The Economist

Com o título "Brasília, temos um problema, a revista The Economist publicou editorial em que afirma que o candidato Jair Bolsonaro é um risco à democracia no Brasil.

Com o título “Brazilia, we have a problem” (Brasília, temos um problema), a revista britânica The Economist publicou editorial em que afirma que Jair Bolsonaro (PSL), candidato à presidência, é um risco à democracia no Brasil.Segundo a revista, Bolsonaro seria um presidente desastroso. As informações são da Folha de São Paulo.

A publicação afirma que o candidato já demonstrou ter pouco respeito a vários grupos de brasileiros, incluindo negros e gays.Além disso, há pouca evidência de que ele conheça os problemas econômicos do país bem o suficiente para resolvê-los.

A publicação destaca que, dois meses antes da eleição, ninguém é capaz de prever o que irá acontecer, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro nas pesquisas, está preso e deve ser considerado inelegível e nenhum outro candidato supera os 20% de intenção de votos no primeiro turno.

A revista descreve Bolsonaro como alguém que, até recentemente, era um parlamentar obscuro, cuja principal habilidade demonstrada havia sido a de ofender os outros.Sobre isso, cita declarações controversas, como a de que ele preferia ter um filho morto a um filho gay e que já disse a uma congressista que ela merecia ser estuprada.

The Economist destaca que Bolsonaro vem adotando táticas baseadas em provocação e uso hábil de redes sociais. Para a revista, o avanço da candidatura de Bolsonaro é resultado dos traumas que o Brasil enfrentou nos últimos quatro anos.

Ela lembra que, além da grave recessão econômica da qual o Brasil sai lentamente, em 2016 foram registrados 62,5 mil assassinatos, índice recorde para o país, e casos de corrupção envolvendo os principais partidos políticos foram expostos pela Operação Lava Jato. A exposição dos crimes minou a confiança nas instituições políticas do país.

A revista também pontuou que apesar dos simpatizantes, Bolsonaro tem um alto índice de rejeição.

Fonte: Folha de S. Paulo
Créditos: Folha de S. Paulo