Candidatos dos dois partidos estão bem na disputa em oito estados cada. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, dois dos cinco maiores colégios eleitorais, PSDB e MDB se enfrentariam no segundo turno. Hoje, os tucanos governam quatro estados, e o MDB, cinco.
O cenário é animador especialmente se comparado com o desempenho das duas siglas na corrida ao Planalto, em que Geraldo Alckmin (PSDB) segue estagnado em empate técnico com Ciro Gomes (PDT) no terceiro lugar. Henrique Meirelles (MDB) também continuou com 2% na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (28).
O PT, cujo candidato, Fernando Haddad, está em segundo lugar nas pesquisas, e o PSB trazem nomes fortes nas disputas de sete estados cada. Três governadores petistas devem se reeleger ainda no primeiro turno: Rui Costa, na Bahia, Camilo Santana, no Ceará, e Wellington Dias, no Piauí.
No entanto, Minas Gerais, o estado governado pelos petistas com maior colégio eleitoral —15,7 milhões—, pode sair das mãos do partido. Fernando Pimentel, candidato à reeleição, tem, segundo o último Datafolha, 24% das intenções de voto, contra 33% de Antonio Anastasia (PSDB). Se o segundo turno fosse hoje, o tucano venceria por 46% contra 31% de Pimentel.
O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), secretário-geral do partido, contudo, diz que a sigla não deve comemorar antes.
“A eleição em Minas Gerais ainda não está ganha. E a eleição do Doria[em São Paulo] está sendo muito dura”, disse Pestana.
Em São Paulo, onde o PSDB governa desde 1995 —com exceção dos períodos em que vices de outras siglas assumiram em anos eleitorais, como é o caso de Márcio França (PSB) agora—, o tucano João Doria aparece tecnicamente empatado nas pesquisas com Paulo Skaf (MDB).
Na simulação de segundo turno do Datafolha, Skaf ganharia hoje de Doria por 41% contra 36%. A derrota em São Paulo seria a mais amarga para os tucanos.
“Considerando o quadro partidário muito pulverizado, o PSDB sempre teve uma presença forte nos estados. E tudo indica que continuará com uma posição expressiva”, diz Pestana.
“Governadores são pontos de apoio a um projeto político e atores essenciais na vida nacional”, afirma.
Das 27 disputas nos estados e no Distrito Federal, pelo menos 10 podem ser encerradas já em 7 de outubro. Destas, 6 envolvem governadores buscando a reeleição. Em 2014, 13 nomes foram eleitos no primeiro turno.
Nestas eleições, é provável que o número de reeleições seja maior que as 11 de 2014. Vinte governadores disputam hoje mais um mandato, 17 deles com chances de vencer.
Em 16 estados e no DF, porém, o próximo governador só deverá ser conhecido em 28 de outubro. Em dez deles, a disputa segue embolada e é difícil apontar, a uma semanada eleição, quem deve seguir para o segundo turno.
Fonte: Folha de S. Paulo
Créditos: Isabel Fleck