Jair Bolsonaro (PSL) publicou na manhã deste domingo (23), nas redes sociais, foto sorrindo ao lado do economista Paulo Guedes, que visitou o capitão reformado do Exército no hospital onde está internado desde que foi ferido à faca.
A publicação ocorre dias após Bolsonaro contradizer declaração do assessor econômico: Guedes havia citado, para uma palestra restrita, a possibilidade de criar um imposto nos moldes da CPMF e a unificação da alíquota do Imposto de Renda.
Na sequência, Bolsonaro escreveu em sua conta no Twitter que sua “equipe econômica trabalha para redução de carga tributária, desburocratização e desregulamentações”.
Bolsonaro teria determinado que Guedes reduzisse suas atividades eleitorais para estancar o desgaste provocados pelas propostas dele para a economia. A campanha não confirma. Membros do núcleo de coordenação de campanha afirmaram no sábado que nenhum aliado sofre restrições em relação ao que deve falar publicamente. Mesmo assim, Guedes cancelou ao menos três eventos nos últimos dois dias.
Além dele, Bolsonaro também teria pedido para que o seu vice, general Hamilton Mourão, amenizasse o tom das declarações. No dia 17, Mourão havia afirmado em palestra que crianças criadas por “mãe e avó” em áreas carentes tenderiam a se transformar em “desajustados” e serem cooptados por traficantes de drogas.
Mourão explicou aos companheiros de campanha que em sua fala sobre mães e avós se referia a uma situação em que um homem larga sua mulher e filhos e a mulher acaba forçada a trabalhar mais horas longe de casa para sustentar a família. Dessa forma, os filhos ficariam expostos a más influências.
Porém, a fala foi interpretada como discriminatória pelos opositores de Bolsonaro e por parcelas da sociedade.
Fonte: UOL
Créditos: UOL