Investimentos de grandes bancos normalmente rendem menos que similares em corretoras e plataformas digitais. Enquanto um CDB de banco grande paga, em média, 90% do CDI (equivalente a 5,8% ao ano), nas corretoras é possível encontrar por 120% do CDI (7,7% ao ano), dependendo do prazo de vencimento.
Mas, se os valores que você pretende investir são baixos, será que vale a pena migrar do banco para uma corretora? Veja abaixo o que levar em conta.
Preste atenção ao custo da TED
Um dos principais pontos a considerar é quanto vai pagar pela transferência, segundo Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro e especialista em investimentos do banco Ourinvest.
Os grandes bancos costumam cobrar para fazer TED (Transferência Eletrônica Disponível) ou DOC (Documento de Ordem de Crédito), como são conhecidas as transferências entre contas de instituições diferentes. Dependendo do seu contrato com o banco, só a primeira TED é gratuita. Às vezes, nem isso. As corretoras geralmente não cobram pela TED quando o cliente resgata o investimento e transfere o dinheiro de volta para o banco.
“Se eu pago R$ 14 de tarifa para enviar uma TED de R$ 1.000 para a corretora, tenho um custo de 1,4%. Esse valor dá para recuperar em alguns meses de investimento”, disse Calil. “Mas, se eu pagar R$ 14 para transferir R$ 100, o custo será de 14%. Serão mais de dois anos para recuperar o valor.”
Se mesmo assim você preferir a corretora, Calil sugere juntar um pouco mais de dinheiro no banco e só transferir para a corretora quando acumular um valor mais alto, acima de R$ 1.000.
Corretora tem menos produtos com aplicação baixa
As corretoras costumam ter um leque maior de investimentos, de diversas instituições, enquanto os bancos oferecem seus próprios produtos.
Por outro lado, nas corretoras, a maioria dos CDBs e fundos ainda exige um investimento mínimo de R$ 1.000. E os produtos mais rentáveis, que realmente justificam sair do banco, em geral necessitam de uma aplicação inicial mais alta, a partir de R$ 10 mil.
Portanto, analise com cuidado os produtos oferecidos pelas corretoras antes de realizar sua primeira transferência.
Título público deixou de ser desvantajoso em banco
No ano passado, os principais bancos zeraram a taxa para investir no Tesouro Direto. A maioria das corretoras já não cobrava a taxa. Nesse caso, as corretoras perderam uma vantagem competitiva.
“Não faz mais diferença comprar títulos públicos pelo banco ou por meio de uma corretora”, disse Marcelo Milech, planejador financeiro certificado pela Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros).
Com apenas R$ 30 é possível comprar títulos emitidos pelo governo, cujo risco é mínimo, e obter rendimento acima da poupança, já descontado o Imposto de Renda.
Fonte: UOL
Créditos: UOL