A Austin Rating divulgou nesta terça-feira, (1), a lista com 50 países referente do Produto Interno Bruto (PIB), do primeiro trimestre do ano. Países que combatem a pandemia de covid-19 com vigor e concederam incentivos tributários ocupam as primeiras posições do ranking.
O Brasil perdeu sete posições no ranking de Austin entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, caindo para o 19.º lugar, informou Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco, observando que o País só conseguiu se manter nessa posição por causa do alto do preço das commodities .
Lideram a lista Croácia (5,8%), Hong Kong (5,4%), Estônia (4,8%), Chile (3,2%) e Cingapura (3,1%). Na América do Sul, a Colômbia também ficou à frente do Brasil, com avanço do PIB de 2,9% no período.
“O PIB do Brasil só foi bom, apesar de ter ficado abaixo das nossas projeções, porque o preço das commodities está no maior nível desde 2009”, disse Agostini.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou nesta terça, (1), alta de 1,2% no PIB do primeiro trimestre em relação ao último trimestre do ano passado. Agostini se destacou que enquanto a indústria extrativa ficou positiva, a indústria de transformação, que está relacionado à atividade econômica interna, teve queda.
“O resultado do PIB no primeiro trimestre não reflete a nossa realidade doméstica, que é uma recuperação ainda descompassada, muito do lado da produção para o exterior e menos para o consumo doméstico, que está ocorrendo ainda em passos lentos”, ressaltou.
Ele observou que o crescimento se deu mais pelo lado de demanda, portanto das exportações, mas como especificações também cresceram por setores internos, que importam para poder exportar, como fertilizantes, que são usados na produção agrícola.
A Austin manteve inalterada a projeção para o PIB do Brasil em 2021, de 3,3%, e de 3% para 2022, justificando que, apesar de haver impressões de um potencial maior crescimento, algumas incertezas ainda estão presentes na mesa, como possíveis novas altas da taxa Selic nas próximas reuniões; acirramento da crise hídrica; processo lento de imunização contra o covid-19; forte elevação dos custos de produção, com destaque para as altas recordes dos preços das commodities; cenário fiscal ainda fragilizado; e redução dos estímulos monetários nas economias desenvolvidas.
Fonte: Estadão
Créditos: Polêmica Paraíba