ABAIXO DAS PROJEÇÕES

RANKING DO PIB: Brasil perde 7 posições e cai para 19º lugar; países que combateram a pandemia com vigor estão no topo da lista

Lideram a lista Croácia (5,8%), Hong Kong (5,4%), Estônia (4,8%), Chile (3,2%) e Cingapura (3,1%). Na América do Sul, a Colômbia também ficou à frente do Brasil, com avanço do PIB de 2,9% no período.

 

A Austin Rating divulgou nesta terça-feira, (1), a lista com 50 países referente do Produto Interno Bruto (PIB), do primeiro trimestre do ano. Países que combatem a pandemia de covid-19 com vigor e concederam incentivos tributários ocupam as primeiras posições do ranking.

O Brasil perdeu sete posições no ranking de Austin entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, caindo para o 19.º lugar, informou Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco, observando que o País só conseguiu se manter nessa posição por causa do alto do preço das commodities .

Lideram a lista Croácia (5,8%), Hong Kong (5,4%), Estônia (4,8%), Chile (3,2%) e Cingapura (3,1%). Na América do Sul, a Colômbia também ficou à frente do Brasil, com avanço do PIB de 2,9% no período.

“O PIB do Brasil só foi bom, apesar de ter ficado abaixo das nossas projeções, porque o preço das commodities está no maior nível desde 2009”, disse Agostini.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou nesta terça, (1), alta de 1,2% no PIB do primeiro trimestre em relação ao último trimestre do ano passado. Agostini se destacou que enquanto a indústria extrativa ficou positiva, a indústria de transformação, que está relacionado à atividade econômica interna, teve queda.

“O resultado do PIB no primeiro trimestre não reflete a nossa realidade doméstica, que é uma recuperação ainda descompassada, muito do lado da produção para o exterior e menos para o consumo doméstico, que está ocorrendo ainda em passos lentos”, ressaltou.

Ele observou que o crescimento se deu mais pelo lado de demanda, portanto das exportações, mas como especificações também cresceram por setores internos, que importam para poder exportar, como fertilizantes, que são usados ​​na produção agrícola.

A Austin manteve inalterada a projeção para o PIB do Brasil em 2021, de 3,3%, e de 3% para 2022, justificando que, apesar de haver impressões de um potencial maior crescimento, algumas incertezas ainda estão presentes na mesa, como possíveis novas altas da taxa Selic nas próximas reuniões; acirramento da crise hídrica; processo lento de imunização contra o covid-19; forte elevação dos custos de produção, com destaque para as altas recordes dos preços das commodities; cenário fiscal ainda fragilizado; e redução dos estímulos monetários nas economias desenvolvidas.

Fonte: Estadão
Créditos: Polêmica Paraíba