Há algum tempo, a economia brasileira demostra resultados aquém das expectativas iniciais para 2019. Antes mesmo da divulgação dos resultados oficiais apontarem para uma retração dos principais indicadores macroeconômicos, como emprego, produção na indústria, serviços etc., muitos analistas de mercado já estavam refazendo suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano.
Até o final de 2018, muitos economistas apontavam para um avanço do PIB na ordem de 3% para o ano que estava prestes a iniciar. Nem mesmo os mais pessimistas expressavam comentários acerca de um crescimento em torno de 1% para 2019, principalmente pela tão aguardada implantação da “Agenda Liberal” do Ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas parece que o jogo virou!
Tantos os analistas de mercado como os economistas mais céticos, já não acreditam mais em um avanço sequer de 2% do PIB. Até o próprio Paulo Guedes afirmou, em audiência da Comissão Mista de Orçamento (CMO), no último dia 14, que o Governo já trabalha com uma perspectiva de crescimento de 1,5% para 2019.
De acordo com o último Boletim Focus do Banco Central do Brasil, divulgado no dia 13/05, que traz um resumo das principais expectativas do mercado, como nível preço, produção, câmbio, taxa de juros, entre outros, o mercado espera um tímido avanço de 1,45% para PIB do corrente ano, menos da metade do que era estimado em meados de 2018.
São onze semanas consecutivas que o Boletim Focus aponta redução nas estimativas de crescimento da economia brasileira. Expectativas que podem piorar ainda mais nas próximas semanas, após os principais dados conjunturais terem registrado resultados negativos para o 1º trimestre, como por exemplo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, que recuou 0,7% em março, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, que é considerado a “Prévia do PIB”, registrando uma retração de 0,68%, e o Monitor do PIB da FGV apontar uma queda de 0,1%.
De fato, enquanto o imbróglio político não for resolvido e as principais reformas e medidas pró-mercado não forem aprovadas, as expectativas tendem a piorar, podendo ainda nesse primeiro semestre, entrarmos em uma nova recessão.
Fonte: Ekonomy
Créditos: Ekonomy