O economista e investidor Paulo Guedes foi o principal trunfo do candidato Jair Bolsonaro (PSL) no front econômico durante a campanha eleitoral. O discurso em defesa do Estado mínimo e da abertura do mercado para o comércio internacional ajudou a atrair o apoio de parcela do empresariado e de investidores.
Apelidado por Bolsonaro de “Posto Ipiranga” em matéria de política econômica – em alusão ao slogan publicitário “Pergunta lá no Posto Ipiranga”, da rede de postos de abastecimento -, Guedes tem uma carreira que mescla passagens apagadas pela academia, atuação arrojada no mercado financeiro e reputação de polemista. É também alvo de ao menos três investigações, uma delas instaurada nesta sexta (26), sobre suspeitas de gestão fraudulenta ou temerária envolvendo fundos de pensão. Ele nega irregularidades.
Um episódio que ilustra bem o perfil do guru econômico de Bolsonaro, cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo bolsonarista, é a participação dele num prestigiado evento acadêmico há quatro anos. Guedes foi um dos convidados de um debate sobre o livro O Capital no Século 21 (ed. Intrínseca), do francês Thomas Piketty.
A estrela da noite de 26 de outubro de 2014 era o próprio autor, em rápida e festejada passagem pelo País, e o local, a Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). Na mesa, estava ainda o economista André Lara Resende, ex-diretor do Banco Central e um dos pais do Plano Real.
O embate sobre o tema do livro – as dificuldades do sistema capitalista de atenuar o abismo da desigualdade de renda na época atual – foi peculiar. Ancorado em robusta coleção de dados empíricos sobre rendimentos em 20 países nos últimos três séculos, Piketty apontou como possível solução o aumento da tributação do segmento mais rico da população. A ideia foi mencionada neste ano em mais de um programa de candidato à Presidência, na forma de impostos sobre herança, grandes fortunas e dividendos.
Primeiro a tomar a palavra depois do autor, Guedes começou por elogiar o livro: “Muito interessante, um banco de dados bastante poderoso. Acho que este livro se torna um clássico porque você tem 200, 300 anos de dados, algo que não é trivial de forma alguma”. Em seguida, afirmou que gostaria de “convidar o senhor Piketty a adotar uma perspectiva diferente, uma lente diferente”.
“Nos últimos 30, 40 anos, houve privatização no mundo todo, colapso da inflação, os gastos públicos foram reduzidos, os orçamentos, ajustados”, disse Guedes, resumindo os efeitos das políticas neoliberais, das quais foi adepto de primeira hora. O economista criticou os que culpam a globalização pelo crescimento da desigualdade. Em vez disso, identificou efeitos distributivos no fenômeno.
“Um chinês costumava trabalhar 20 horas por dia para ganhar US$ 0,03. Agora, ele ganha US$ 1 por hora. Os europeus não gostam de trabalhar tanto assim. Eles são pós-modernos”, afirmou. Na plateia, houve risos.
Mais tarde, Guedes diria que “o pau comeu” no debate, dando a entender que teria sido vencedor. “No final, os estudantes foram ao delírio, dizendo: ‘O nosso Piketty (Guedes) é melhor que o deles!”, afirmou à repórter Malu Gaspar, da revista piauí.
Alguns dos presentes ao evento têm recordações distintas. Para o professor da FEA Fernando Rugitsky, a participação de Guedes no debate teria sido “meio cômica se não tivesse sido trágica”. “Minha impressão foi de um certo constrangimento. Ele se dedicou pouco a realizar um debate, mas usou o espaço para se autopromover. Fez o que aparentemente é seu costume: recheou um discurso longo com frases polêmicas, como a de que os europeus não gostam de trabalhar”, diz Rugitsky.
‘Chicago Boy’
Carioca, nascido em 24 de agosto de 1949 numa família de classe média baixa, Guedes se formou início dos anos 1970 pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde deixou uma lembrança apagada entre colegas e professores ouvidos pela BBC News Brasil.
Fundada nos anos 1930 e com mestrado em Ciências Econômicas criado em 1968, a faculdade mineira foi berço acadêmico de economistas como Edmar Bacha, Dorothéa Werneck, Paulo Haddad e Fernando Pimentel. Bacha e Haddad, aliás, teriam encontros e desencontros profissionais com Guedes ao longo da carreira.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o economista disse que não era politizado na juventude (“Era um menino de classe média baixa lutando para viver, subindo na base do estudo, ganhando bolsa de estudo”) e que, como um dos primeiros classificados no vestibular, teve direito a uma sala e a um salário mínimo.
O chefe do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG, Bernardo Campolina, afirma não se recordar de marcas da passagem de Guedes pela instituição. “Ele (Guedes) passou por aqui como aluno. A faculdade é muito crítica dessa visão ultraliberal da ciência econômica. Não há discussão sobre Paulo Guedes aqui, e sim sobre o momento que o Brasil vive”, afirma.
Em 1974, aos 25 anos, casado e com um diploma de mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio), Guedes tornou-se aspirante a um doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Fundada em 1890 pelo magnata do petróleo John D. Rockefeller, a instituição, com sede no bairro de Hyde Park, era um dos mais importantes centros de pesquisa do mundo. Embora prestigiado, o Departamento de Economia seguia uma linha marginal no pensamento econômico do pós-guerra.
A escola dominante entre os economistas da época era a keynesiana, em referência ao eminente economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946). Em oposição à ortodoxia liberal que dominara o pensamento econômico europeu e o americano até o início dos anos 1930, os keynesianos representavam o principal paradigma heterodoxo – outros ramos da heterodoxia, como neo-ricardianos e marxistas, nunca chegaram a ter o mesmo prestígio acadêmico.
Em Chicago, um grupo de economistas resistia desde os anos 1940 à maré keynesiana. Eles afirmavam que a origem dos desastres econômicos do século 20 não estava nos supostos limites do capitalismo, mas sim na interferência do Estado na atividade produtiva.
Enquanto Keynes animava a reconstrução econômica mundial do pós-guerra na Conferência de Bretton Woods (no Reino Unido, em 1944), professores de Chicago como Milton Friedman e Frank Knight, estariam associados três anos depois a um economista austríaco, Friedrich von Hayek, na criação da Sociedade Mont Pèlerin, na localidade de mesmo nome, na Suíça.
O grupo via com desconfiança as fórmulas de Keynes, acusando o Estado de bem-estar social de dar força ao marxismo reinante na União Soviética e em outros países. A Mont Pèlerin pregava “a redefinição das funções do Estado a fim de distinguir mais claramente a ordem totalitária e a liberal”.
A estagflação persistente de meados dos anos 1970 e o fracasso dos keynesianos em resolvê-la propiciaram uma chance aos pesquisadores de Chicago. Para Friedman, o desemprego, obsessão da escola dominante, era resultado das políticas assistenciais do Estado de bem-estar, que desestimulavam os menos arrojados a procurarem trabalho. Em 1976, o economista recebeu o Nobel de Economia, num claro sinal de que suas ideias haviam rompido a marginalidade e começavam a ganhar terreno.
Guedes chegou a Chicago como neokeynesiano e saiu como liberal. Foi aluno de Friedman e de outros futuros detentores do Nobel de Economia, como Gary Becker (1992) e Robert Lucas (1995). Como a universidade não reconheceu seu diploma de mestrado pela FGV-Rio, teve de cursá-lo novamente em Hyde Park antes de ingressar no doutorado.
Sua tese, na qual aplica um modelo para questões de política fiscal e endividamento público, foi defendida em 1979. O trabalho, do qual existe uma cópia em capa dura depositada no Departamento de Economia, nunca foi publicado.
De volta ao Brasil, suas ideias ultraliberais pouco se coadunavam com o pensamento reinante nas duas mais importantes Faculdades de Economia do Rio, a FGV, meca da ortodoxia, e a PUC-Rio, polo heterodoxo. Em ambas, ele chegou a dar aulas como professor horista (tempo parcial), mas não se ambientou.
Além do ideário exótico à época, contribuiu para seu isolamento a baixa propensão a escrever e a publicar. A história registra também pelo menos um conflito entre Guedes e alunos da pós-graduação. Estes acusavam-no de negligência nas obrigações docentes, enquanto Guedes dizia que as críticas eram motivadas pelo baixo aproveitamento da turma.
Na época, os “Chicago boys” (denominação depreciativa para os conselheiros econômicos oriundos da universidade) assessoravam o regime militar chileno encabeçado pelo general Augusto Pinochet. Guedes chegou a dar aulas na Universidade do Chile, mas uma busca da polícia chilena em seu apartamento e o incômodo da família com um terremoto fizeram-no voltar ao Rio.
Do mercado financeiro à política
Em 1983, deu os primeiros passos no mercado financeiro ao participar da fundação do Banco Pactual, onde chegou a ocupar a proeminente posição de sócio e estrategista-chefe.
Foi dessa posição que combateu o Plano Cruzado, do governo José Sarney (1985-1990), à frente do qual estavam alguns de seus ex-colegas da PUC Rio, como Pérsio Arida, André Lara Resende e Edmar Bacha, este último também veterano da UFMG.
Pelos ataques ao plano e, especialmente, ao controle de preços, foi apelidado de “Beato Salu”, referência ao pregador alucinado que previa o iminente fim do mundo na novela de TV Roque Santeiro.
Transplantadas para os terrenos da política e das finanças, as rusgas acadêmicas dos anos 1980 deixariam marcas profundas. O Pactual teve dificuldades com o Banco Central (BC) comandado por Luiz Carlos Mendonça de Barros, que se recusou a autorizar a instituição a atuar como banco de investimentos. O então presidente do BC e Guedes estavam em campos opostos em relação ao Plano Cruzado. O sinal verde acabou vindo durante uma licença de Mendonça de Barros por motivos de saúde.
No fim dos anos de governo Sarney, Guedes passou a atuar na coordenação do plano econômico do candidato à Presidência Guilherme Afif Domingos (PL). Apresentando-se como liberal numa conjuntura marcada pela queda do Muro de Berlim, Afif foi relegado às margens de uma disputa marcada pela polarização entre Fernando Collor, do minúsculo PRN, e Luiz Inácio Lula da Silva, em sua primeira candidatura presidencial pelo PT. O candidato do PL teve 4,8% dos votos.
Distante da carreira universitária e com as portas momentaneamente fechadas na política, Guedes dedicou-se com afinco ao mercado financeiro. Nessa seara, é tido como meticuloso e arrojado: fundou bancos e fundos de investimento, fez parcerias com fundos de previdência de estatais e expandiu negócios para áreas tão diversas como ensino superior, energia e óleo e gás.
Seu endereço profissional atual é o Bozano Investimentos, fundo que chegou a administrar cerca de R$ 2,7 bilhões em plataformas de private equity e asset management, mas detinha no início de outubro sob sua gestão apenas R$ 316,3 milhões.
A sede da empresa fica no quinto andar de um prédio comercial da Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, zona sul do Rio, não distante do apartamento de Guedes. A secretária, Cristiane Moreira, que recebe e-mails em seu nome e anota recados, afirma que o chefe pouco tem comparecido ao escritório nas últimas semanas. O período coincide com o auge da campanha eleitoral para a Presidência, durante o qual Guedes cumpriu intensa agenda política ao lado de Bolsonaro ou por conta própria.
As atividades de Guedes no mercado financeiro são alvo de pelo menos duas investigações de autoridades federais. Em uma delas, o Ministério Público Federal (MPF) apura se ele cometeu gestão fraudulenta ou temerária ao se associar a diretores dos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios) entre fevereiro de 2009 e junho de 2013.
Ele também é investigado, em inquérito no âmbito da Operação Greenfield, sob suspeita de emissão e negociação de títulos mobiliários sem lastros ou garantias.
“A investigação se baseia em um relatório fragilíssimo, que tratou de apenas um, dentre quatro investimentos realizados pelo fundo. O relatório omite o lucro considerável que o fundo tem propiciado aos investidores e a perspectiva de lucro de mais de 50% do valor investido. Ou seja, não houve qualquer prejuízo às partes envolvidas”, afirmou a defesa de Guedes, em nota.
Guedes também foi citado em processo noticiado pela revista Crusoé que investiga fraude milionária na Bolsa de Valores, por meio de operação que causou prejuízo à Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes). Ele também nega qualquer irregularidade no caso.
Plataforma econômica
Outra frente de atuação de Guedes é a de debates e eventos. Ex-colunista do jornal O Globo, ele encontrou no Instituto Millenium, centro de estudos de cuja fundação participou em 2009, uma trincheira para defender as ideias liberais que o acompanham há décadas.
Embora esteja afastado da direção da entidade, continua aceitando compromissos para palestras e entrevistas. Parte dessas atividades é remunerada pelos organizadores dos eventos.
Em debates, Guedes notabilizou-se pela exposição de princípios ultraliberais como Estado mínimo, desregulamentação e abertura da economia, corte de impostos e flexibilização da legislação trabalhista, como fez no encontro de 2014 com Piketty.
Sua aproximação com Bolsonaro, ocorrida em 2017, causou surpresa em razão do perfil do parlamentar. Em 27 anos de mandatos consecutivos como deputado federal (antes, havia sido vereador no Rio), Bolsonaro votou contra as privatizações da Companhia Vale do Rio Doce (que o levou a propor o “fuzilamento” do então presidente Fernando Henrique Cardoso) e das telecomunicações e opôs-se a alterações na Previdência dos militares (que estão entre os servidores com direito a aposentadoria sem redução dos proventos da ativa).
Guedes é apontado como responsável pela conversão de Bolsonaro a ideias como a privatização de todas as estatais e de imóveis da União a fim de levantar recursos para abater a dívida pública (a equipe do candidato calcula que seja possível levantar R$ 2 trilhões dessa forma, mas a cifra é questionada por diversos especialistas).
Seu plano prevê ainda a reestruturação da área econômica, com um Ministério da Economia e um Banco Central independente, e uma reforma da Previdência com substituição do atual regime de repartição por regime de capitalização.
A união entre o liberal Guedes e o “estatista” Bolsonaro motivou ironias de economistas como Pérsio Arida, ex-assessor econômico do candidato presidencial Geraldo Alckmin (PSDB), para quem o colega é um “mitômano”.
A CEO do Millenium, Priscila Pereira Pinto, afirma que a ligação de Guedes com Bolsonaro não é influenciada pela instituição. “O Instituto Millenium, por ser um centro de pensamento, é apartidário, mas não apolítico. Achamos muito bom ter conselheiros envolvidos na vida política”, afirma.
O presidente do Millenium, Gustavo Franco, ex-presidente do BC, é o principal conselheiro econômico do candidato João Amoêdo, do Partido Novo. Questionada sobre a afinidade do Millenium com propostas como a de privatização de todas as estatais, Pereira Pinto nega: “O que existe de consenso no instituto é que a privatização é um bom caminho. A proposta de privatizar todas as empresas não é a mensagem que o Millenium passa. Isso teria de ser analisado”.
O centro de estudos não faz recomendações específicas a integrantes que sejam convidados a ocupar cargos oficiais. “Quando houver algo que possa ser interpretado como conflito de interesse, a gente prefere que a pessoa saia do instituto”, diz a CEO.
Casamento por amor ou conveniência?
Ex-aluna de Guedes na PUC-Rio, a ex-diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Elena Landau sintetiza uma das principais críticas ao “Posto Ipiranga”: a de que suas propostas pecam pela falta de clareza e pela inconsistência com a trajetória de Bolsonaro.
“O problema é saber quais as políticas de Paulo Guedes. Parte da equipe diz que vai privatizar tudo para arrecadar R$ 2 trilhões. É um número inverossímil. O candidato diz que não vai privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O diabo mora nos detalhes”, afirma.
A aproximação de Guedes com Bolsonaro tem sido apontada por críticos como um “casamento de conveniência”, uma vez que o candidato sustentou ao longo de seus sete mandatos na Câmara dos Deputados teses tidas como estatistas. O próprio Guedes tem dito a interlocutores que “estará fora” se Bolsonaro se afastar das teses liberais.
Os desencontros entre o deputado e seu conselheiro econômico já renderam desmentidos e reprimendas. Em encontro reservado com investidores em São Paulo, Guedes defendeu a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e, diante da reação negativa do mercado, foi repreendido publicamente por Bolsonaro. Em seguida, o economista cancelou participação em eventos públicos e entrevistas e tornou-se mais avesso a contatos com a imprensa.
O próximo governo enfrentará desafios significativos no terreno econômico. O Brasil saiu este ano da maior recessão da história, iniciada na segunda metade de 2014, e o ritmo da retomada está muito aquém do verificado em episódios semelhantes do passado. Dados oficiais apontam para um avanço da pobreza extrema em todas as regiões do país.
A reforma trabalhista aprovada em 2017 pelo Congresso, por proposta do governo Michel Temer, não resultou em aumento significativo dos postos de trabalho. Para alguns, as dificuldades de uma eventual passagem de Guedes pela área econômica do governo na hipótese de vitória de Bolsonaro vão além das tensões com o chefe.
“É improvável que Bolsonaro avance nas reformas econômicas necessárias, como a previdenciária. Ao fim e ao cabo, fosse com um governo mais de centro-esquerda ou de direita, essa ideia de ‘Deus no céu, mercado na terra’ não se configura. Nenhuma economia, seja quem for o ministro, consegue implementar utopias absurdas de mercado”, opina o professor titular da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Fernando Ferrari Filho.
Um eventual governo Bolsonaro, prevê Ferrari, fará desregulamentações e privatizações pontuais se tiver base no Congresso, mas essas medidas terão “efeito marginal” no conjunto da economia. “Dada a divisão do País, com o Congresso extremamente fragilizado, o Judiciário questionado e as próprias instituições em crise, o próximo governo terá de cair na real”, sustenta, sugerindo que a administração terá deixar de lado o discurso genérico de campanha e encarar problemas como o estímulo ao crescimento, o equilíbrio das contas públicas e o combate à desigualdade.
Fonte: UOL
Créditos: UOL