Discordância

Fiep rejeita nova tentativa de aumento de impostos para suprir desoneração

Federação das Indústrias do Paraná(Fiep), repudiou a nova medida que está sendo cogitada pelo Governo Federal

Fiep rejeita nova tentativa de aumento de impostos para suprir desoneração

Nesta quinta-feira (8), a Federação das Indústrias do Paraná(Fiep), repudiou a nova medida que está sendo cogitada pelo Governo Federal no intuito de compensar a manutenção da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores intensivos focados em mão de obra.

Segundo a Fiep, a iniciativa de elevar em um ponto percentual a alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL), a qual está sendo debatida, é, na realidade, uma tentativa de aumento de impostos, afinal, a desoneração está em vigor desde 2011. Nesse caso, não se trata de um novo benefício oferecido às indústrias.

Confira fala da Presidente da Federação

“A desoneração é uma medida fundamental para a manutenção de empregos nesses 17 setores, que somente no Paraná geram aproximadamente 1 milhão de postos de trabalho”, explica o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos

“Ao recorrer ao aumento de outros tributos como forma de compensação, o governo praticamente anula os benefícios da desoneração da folha, vigentes desde 2011, e coloca em risco muitos dos empregos gerados por esses setores”, completa.

Da mesma forma, a Fiep questiona o motivo de novas alternativas compulsórias existirem, medidas que em tese, cobririam o valor inicialmente estimado para a desoneração dos 17 setores, que é de R$ 15 bilhões. Há também uma menção sobre o impacto da desoneração sobre a folha de pagamentos de municípios com até 156 mil habitantes.

“O aumento de alíquota da CSLL, que pesaria unicamente sobre as empresas, adicionaria mais R$ 17 bilhões por ano a essa conta. É inaceitável que se recorra a mais um aumento de impostos para que unicamente o setor produtivo pague toda essa conta”, afirma Vasconcelos.

Para a Federação, é necessário que, em meio a busca por soluções, novos parâmetros não devem aumentar ainda mais a carga tributária no setor produtivo. Afinal, já se encontra em seu limite de capacidade, tendo a chance de perder a competitividade através dos novos aumentos de impostos.