Chega o fim do ano e o gerente te liga para lembrar você de que falta poucos dias para fazer um plano de previdência privada e com isso ganhar um desconto no imposto de renda do ano que vem.
De forma geral, somente as pessoas que fazem a declaração do IR, pelo modelo completo, que considera deduções com dependentes, gastos com saúde, educação, entre outras, podem de fato aproveitar o benefício fiscal proporcionado pela previdência privada. Para isso devem optar por um plano do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).
Quem não fez aplicações ao longo do ano terá que fazer um aporte alto nos últimos dias do ano se quiser aproveitar o benefício fiscal já na declaração do ano que vem. Uma dica dos especialistas é aproveitar o 13º salário para essa finalidade.
Diferença entre PGBL e VGBL
O PGBL permite deduzir do cálculo do IR os investimentos em previdência equivalentes a até 12% da renda anual. Porém, na hora de sacar os recursos, o plano do tipo PGBL sofrerá retenção de imposto sobre todo o montante investido, ou seja, os aportes e os rendimentos.
Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não dá direito à dedução na declaração, mas garante um imposto menor na hora do saque porque o imposto incide apenas sobre os rendimentos. Por isso, ele é indicado para quem normalmente se enquadra no modelo simplificado da declaração e deseja acumular recursos para a aposentadoria ou para algum plano de longo prazo, como a universidade dos filhos.
“A ideia do PGBL é que o contribuinte aproveite o ganho fiscal para acumular um montante maior de previdência por mais tempo, aproveitando o efeito dos juros sobre juros. A contrapartida desse benefício fiscal é uma maior retenção de imposto na hora do saque. Mas, se a aplicação em previdência for feita por um longo período, o ganho do PGBL acaba compensando o imposto maior”, disse Letícia Camargo, planejadora financeira certificada pela Planejar.
Fonte: UOL
Créditos: UOL