A Black Friday deste ano será em 23 de novembro, e os consumidores que querem aproveitar os descontos que a data oferece precisam começar a se preparar já. “Um mês antes do evento é um período bom para fazer um planejamento, ver os preços e refletir para não comprar por impulso”, disse o supervisor de fiscalização do Procon-SP Bruno Teleze Stroebel.
A economista do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Ione Amorim afirmou que a melhor maneira de se preparar para a Black Friday é fazendo um planejamento. “O consumidor precisa se planejar para não se deixar levar pelo desconto. Preciso mesmo desse produto ou só estou comprando por causa do desconto? É preciso consumir conscientemente.”
Confira seis dicas dos especialistas para se dar bem na Black Friday:
1) Faça uma lista do que quer comprar
Para Ione, o consumidor deve listar os itens que deseja comprar na Black Friday. “É preciso começar a fazer a lista para saber quais produtos são importantes monitorar desde agora.” Segundo a economista, é a hora de o consumidor se questionar também sobre a necessidade real de adquirir aquele produto para evitar compras por impulso.
2) Avalie o produto em si
Ao decidir comprar uma televisão, um computador ou um celular, por exemplo, você precisará definir também qual marca, tamanho e modelo quer adquirir. O consumidor pode aproveitar esse período antes da Black Friday para avaliar se o produto é bom mesmo, segundo Stroebel.
“Pesquisando antes, o consumidor tem um tempo maior de raciocínio. Se quer comprar uma TV, dá tempo de ver as avaliações dela para saber se é boa mesmo e se ela atende as suas necessidades.”
3) Pesquise os preços
Com marca e modelos definidos, é hora de pesquisar quanto custa cada item. Vale a pena usar sites de comparações de preços para essa tarefa. A dica de Stroebel é que o consumidor aproveite essa pesquisa para tirar fotos da tela para que elas sirvam de prova em uma eventual reclamação. Não se esqueça de incluir na mesma foto o nome do site, o modelo do produto, o preço e a data.
“Se ele receber uma oferta dizendo que é da Black Friday, mas for o mesmo preço que ele registrou antes, é maquiagem de preço”, disse Stroebel.
Segundo o especialista, vale também guardar emails recebidos das empresas com ofertas. Porém, antes, é preciso verificar se aquele email é confiável e se é da loja mesmo. “Há emails que direcionam a sites idênticos ao da loja. Se desconfiar, entre em contato com o estabelecimento para saber se aquela oferta é verdadeira.”
4) Analise a reputação da loja
Achar um desconto ótimo em um site que você nunca ouviu falar pode ser uma armadilha. Segundo Ione, o consumidor precisa analisar o histórico das empresas e saber se ela recebe muitas reclamações. O mesmo vale para os marketplaces -grandes sites que permitem ofertas de empresas menores.
O Procon possui uma lista de sites que devem ser evitados, pois tiveram reclamações registradas, foram notificados e não responderam ou não foram encontrados pelo órgão de defesa do consumidor. Clique aqui para ver a lista.
5) Veja se conseguirá pagar as compras
Novembro é o mês em que muitos trabalhadores recebem parte do 13º salário e podem acabar usando o dinheiro extra para as compras. Mas, segundo Stroebel, o consumidor precisa avaliar se as compras e as demais contas vão caber no bolso.
“A compra desse produto cabe no meu orçamento? O final do ano está aí. Em janeiro, há muitas contas para pagar, e você pode acabar gastando com algo que não planejou.”
Segundo Ione, não adianta aproveitar uma oferta na Black Friday e ir para o cheque especial depois. “O consumidor precisa saber quanto está disposto a pagar pelo produto e estabelecer um teto. Tem que trabalhar o equilíbrio financeiro”, disse.
6) Espere a Black Friday
Algumas lojas fazem promoções dias ou semanas antes da Black Friday. A orientação de Stroebel é que o consumidor espere o evento. “Se não houver urgência para comprar o produto, é melhor aguardar. A tendência é fazer um negócio melhor na Black Friday, já que várias lojas estarão com promoções. Se puder esperar, espere.”
Fonte: UOL
Créditos: UOL