“A história da Cachaça Triunfo é um misto de empreendedorismo e amor”, é o que dizem seus donos. Maria Júlia e Antônio Augusto criaram uma cachaça que agora é símbolo da cidade de Areia. Conheça a história de luta e persistência do casal!
Antônio Augusto sempre teve vontade de vencer na vida. Em 1994, ele herdou uma fazenda, no município de Areia, no Brejo paraibano. Mesmo sem ter conhecimento, ele decidiu fabricar um novo tipo de cachaça. Os primeiros passos para realizar o sonho foram vender a fazenda e comprar uma pequena moenda e um alambique. “Tive que provar muita cachaça ruim”, conta Maria Julia, a esposa e participante ativa do sonho.
Em um evento na cidade, o casal convidou o professor e palestrante Fernando Valadares Novais, o “papa” da cachaça, para conhecer a fabricação da Triunfo. Eles acabaram recebem muitas críticas, mas isso não desanimou o casal. Antônio ouviu tudo e aplicou o conhecimento adquirido no curso dentro da sua fábrica.
“A luta era grande, mas a vontade de vencer era ainda maior. No início eu tinha dois empregos: um pela manhã e outro à noite. Nossos quatro filhos nos ajudavam a engarrafar a cachaça e depois eu vendia”, relembra Maria Julia.
Os primeiros modelos foram comercializados em garrafas pet. O casal acabou fazendo um grande estoque de cachaça, pois não conseguiam vender. Sem recursos financeiros, Antônio Augusto inventava as próprias máquinas e recusava propostas de financiamento de bancos locais.
Eles optaram por colocar o nome da cachaça TRIUNFO porque Maria Júlia estudava antropologia e descobriu que uma tribo indígena no Goiás nomeava as crianças por adjetivos. Quando eles cresciam, antropólogos perceberam que o adulto tomava a qualidade do nome para a vida. “Triunfo é o nome do sucesso e era isso que nossa cachaça estava destinada a ter. Por isso eu digo a todo mundo que nunca vendi cachaça, sempre vendi Triunfo!”, exalta.
Com o passar do tempo, eles começaram a utilizar garrafas de vidro um rótulo com a foto da cidade, baseada no quadro do amigo João Carlos. Foi em 2001 que Maria Julia decidiu largar os empregos para se empenhar totalmente na venda do produto.
“Eu estava desacreditada, mas tinha que persistir. Deixava alguns pacotes e voltava com 15 dias para conferir o resultado das vendas. Essa ação de vendas depois finalmente colocou a Triunfo no mapa da Cachaça. O produto começou a ser aceitado pelos consumidores e os clientes que ficavam com dois pacotes, agora queria quatro, quem ficou com quatro, queria oito”, conta.
A família investiu em infraestrutura e máquinas, mas tudo era muito caro. “A cada dificuldade que a gente encontrava, Antônio Augusto inventava uma solução: o moinho de carne de sua mãe transformou em uma máquina de tampar, a peça de bico de porco beber água nas pocilgas transformou em envasadura, a centrífuga de sua cunhada transformou em uma máquina de polir as garrafas, o pote de doces de sua sogra transformou num filtro de cachaça”, afirma Maria Julia.
Hoje, a Triunfo vende mais 250 mil garrafas por mês e a demanda só cresce. São 69 empregos diretos e mais de 1000 indiretos. A Triunfo é uma história de amor que se transformou em uma grande Empresa, sustentável e responsável.
Fonte: Ekonomy
Créditos: Ekonomy