De acordo com o banco, pela primeira vez em 16 anos, desde que o relatório Doing Business começou a ser publicado, o Brasil fez seu maior número de reformas e superou todos os países da América Latina neste aspecto.
Quatro reformas são citadas como essenciais para o avanço: introdução de certificados digitais para importação, aprimoramento do acesso ao crédito, criação de sistema online para facilitar abertura de empresas e adoção de sistema eletrônico para gestão do fornecimento de energia.
Essas reformas ajudam eliminar obstáculos para o empreendedorismo, fator importante para reduzir a pobreza, afirmou o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser. “O Brasil deixou claro o seu compromisso em melhorar o ambiente de negócios para as pequenas e médias empresas.”
Outros países da América Latina e Caribe também apresentaram um histórico notável de reformas como Bahamas, El Salvador, Paraguai e Peru, com duas reformas cada.
Apesar de melhorar o ambiente para os negócios, o Brasil ainda está atrás de outros países desta região, como México (54ª posição), Colômbia (65ª posição) e Costa Rica (67ª posição).
O desempenho brasileiro ainda é ruim em diversos quesitos analisados pelo banco, como é o caso da obtenção de alvará de construção, em que o país saiu da 170º e foi para 175º , e na facilidade de pagamento de impostos, em que o país se mantém na posição 184, dos 190 países.
No começo do mês, empresários alemães disseram à Folha que a complexidade tributária e a dificuldade de obtenção de licença para construção dificultam o ambiente de negócio no país.
Países | Posição em 2018 | Posição em 2017 |
Nova Zelândia | 1º | 1º |
Singapura | 2º | 2º |
Dinamarca | 3º | 3º |
Hong Kong | 4º | 5º |
Coreia do Sul | 5º | 4º |
Geórgia | 6º | 9º |
Noruega | 7º | 8º |
EUA | 8º | 6º |
Reino Unido | 9º | 7º |
Macedônia | 10º | 11º |
Rússia | 31º | 35º |
China | 46º | 78º |
África do Sul | 82º | 82º |
Índia | 77º | 100º |
Uruguai | 95º | 94º |
Brasil | 109º | 125º |
Paraguai | 113º | 108º |
Argentina | 119 | 117º |
Fonte: Folha
Créditos: Folha