A proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo é aprovada por 43% dos pequenos e médios empresários do Brasil, de acordo com uma pesquisa do Insper divulgada nesta quinta-feira (11). Por outro lado, 25% dos entrevistados rejeitam a proposta.
Segundo o levantamento, 10,38% dos empresários consideram a reforma muito boa, e 32,51% avaliam como boa. Entre os que rejeitam, 13,47% avaliam como ruim e 11,36% como muito ruim. Outros 32,28% não sabem ou não opinam.
O estudo foi conduzido pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper com apoio do banco Santander.
“Considero bom o patamar de empresários que avalia a proposta como positiva”, afirma o professor do Insper e responsável pela pesquisa, Gino Olivares. “Mas há uma surpresa com o elevado número de pessoas que não opina. Isso indica que o governo tem um trabalho a fazer com a comunicação da proposta”, diz.
A reforma da Previdência tem sido a principal bandeira da equipe econômica do governo Jair Bolsonaro. Ela é considerada essencial para acertar as contas públicas e para que os investimentos retornem na economia.
Num recorte regional, a reforma tem maior aprovação entre os pequenos e médios empresários do Sul e é mais rejeitada no Nordeste.
Veja o recorte regional
- Centro-Oeste
45,3% consideram como muito boa ou boa; 17,95% avaliam como ruim ou muito ruim, e 36,75% não sabem ou não opinam - Nordeste
37,38% consideram como muito boa ou boa; 27,78% avaliam como ruim ou muito ruim; e 34,85% não sabem ou não opinam - Norte
38,8% consideram como muito boa ou boa; 20,94% avaliam como ruim ou muito ruim; e 40,70% não sabem ou não opinam - Sudeste
42,04% consideram como muito boa ou boa; 26,91% avaliam como ruim ou muito ruim; e 31,05% não sabem ou não opinam - Sul
48,66% consideram como boa ou muito boa; 22,33% avaliam como ruim ou muito ruim; e 29% não sabem ou não opinam
Os dados do IC-PMN foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1329 pequenos e médios empresários de todo o país, dos setores da indústria, comércio e serviços. A margem de erro do índice é de 3% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
Confiança em queda
A pesquisa também apurou uma queda no otimismo dos empresários para o desempenho da economia no segundo trimestre. O Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) recuou 2,6% em relação aos três meses anteriores.
“No fim do ano passado, havia uma expectativa com a mudança de governo”, afirma Olivares. “Essa queda da confiança liga um sinal de alerta, mas, se as coisas começarem a funcionar, esse movimento pode ser revertido.”
A economia brasileira tem enfrentado uma piora de expectativas. Nas últimas semanas, os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, passaram a prever um crescimento abaixo de 2%. No início de 2019, projeções mais otimistas indicavam que a economia brasileira poderia crescer próximo a 3% neste ano.
Fonte: G1
Créditos: G1