Enfim, a espera acabou. Depois de 4 anos, a Copa chegou! Muita alegria, festa e, sobretudo, muito futebol! Contudo, quando todo mundo fala sobre um mesmo assunto, muitas lendas e discursos prontos surgem nas redes sociais. Pensando nisso, batemos um papo com Thor Megiolaro e Lucas Repullo do Linup – canal de esportes no Youtube – e listamos 5 lendas e histórias que permeiam o imaginário popular em tempos de Copa Do Mundo!
“Sempre que foi campeão, o Brasil tinha um jogador do Palmeiras no elenco”
É verdade. No entanto, há alguns outros fatos que permeiam essa afirmativa. Além do Palmeiras, o São Paulo também sempre teve, pelo menos, um jogador nos plantéis campeões mundiais.
Em 1958, Mauro, De Sordi e Dino Sani representaram o tricolor paulista, enquanto Mazzola jogava pelo Verdão. Em 1962, Bellini (que havia sido campeão em 1958) e Jurandir jogavam à época pelo SP, enquanto Vavá, Djalma Santos e Zequinha atuavam pelo Palmeiras.
8 anos depois, em 1970, Gérson era jogador do SPFC e Leão e Baldochi jogadores do Palmeiras. Em 1994, Muller, Cafu, Zetti e Leonardo eram jogadores do tricolor, enquanto Zinho e Mazinho jogavam pelo Verdão. Por último, em 2002, enquanto o SPFC cedeu R. Ceni, Belletti e Kaká, o Palmeiras cedeu o goleiro Marcos.
“O Botafogo é o time que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira em Copas do Mundo”
É verdade. Ao todo, foram 47 jogadores. O SP vem logo em seguida com 46. Apesar da supremacia européia nas convocações recentes, O Real Madrid (1º colocado entre os times europeus) é apenas o 11º time que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira para a disputa de Copas do Mundo.
O último jogador convocado do Botafogo, no entanto, foi Jefferson, chamado para ser o 2º goleiro na Copa de 2014. Antes dele, o último jogador botafoguense que de fato atuou, foi Bebeto, atacante da seleção de 1998.
“A Seleção tem que tomar cuidado para não ter nenhum jogador machucado, os adversários mais fracos batem demais”
Diversas foram as vezes que ouvimos o Galvão nos alertar sobre o poder físico do adversário em questão. No entanto, no que tange os números, a Seleção Brasileira é uma das mais violentas das Copas. Ao todo, foram 9 cartões vermelhos, conferindo-lhe a 2ª colocação do ranking de mais expulsões, atrás apenas dos hermanos.
“A mitológica camisa 10 que já foi de Pelé”
Sim, você lembrou mais uma vez do Galvão Bueno. E sim, a camisa 10 sempre foi usada pelo Pelé, no entanto, o que quase ninguém sabe, é que a camisa 10 lhe foi dada por um “acidente”. Devido a problemas nos registros dos jogadores, a própria Fifa ficou responsável por conferir números aos jogadores. Pelé, “reserva” na campanha do título de 1958, ficou com a mitológica 10.
“Pelé ganhou 3 Copas do Mundo, mas não jogou em 62 e foi reserva em 58″
Há sempre uma versão em que a frase acima pode ser considerada verdade. No entanto, não foi bem assim. Em 1958, ainda com 17 anos, Pelé era titular da Seleção Brasileira. Contudo, em amistosos que visavam uma preparação para a disputa do Mundial, Pelé se machucou. Em seu lugar, Dida foi escalado.
Tanto no primeiro jogo, contra a Áustria, como contra a Inglaterra, Dida não foi bem. No segundo chegou até a ser substituído, mas não por Pelé (que não tinha condição de jogo), e sim por Vavá. No terceiro jogo, contra a Rússia, Pelé, com condição de jogo, foi a campo e jogou até a final, onde marcou um gol mitológico.
Em 1962, no bicampeonato, Pelé sofreu um estiramento contra a Tchecoslováquia, nos 2º jogo daquele mundial. Amarildo, seu substituto, foi fator preponderante na conquista. Não por acaso, Nelson Rodrigues escreveu o seguinte: “Perdemos um Pelé. Mas o Brasil vive um momento de tão selvagem euforia que imediatamente descobrimos um novo Pelé. E repito: — feliz o povo que, na vaga de um gênio, põe outro gênio. Amarildo, o Possesso, surgiu contra a Espanha. Foi o novo Pelé proclamado.”
Fonte: Giovanna Hueb
Créditos: Giovanna Hueb