Comunidade acadêmica está se reinventando para aprender a usar a tecnologia na educação
O curso de Pedagogia na modalidade a distância lidera as buscas dos estudantes, tanto nas universidades públicas quanto nas privadas, segundo o Censo da Educação Superior 2020. Por estudarem as teorias de ensino e aprendizagem e atuar em diversas dimensões da educação, os pedagogos precisam lidar com as constantes mudanças no cenário educacional e se desafiar a todo momento. Prova disso foi a pandemia do novo coronavírus que revolucionou o ambiente educacional. Toda comunidade acadêmica precisou se reinventar e aprender a usar a tecnologia a favor do aprendizado.
Seja em sala de aula ou por trás da tela do computador, quem planeja a carreira na área de pedagogia quer ser um instrumento no processo de aprendizado e contribuir para a formação de cidadãos conscientes, com senso crítico e, sobretudo, capazes de usar o conhecimento adquirido para dar sua melhor contribuição para o mundo.
Para a coordenadora do curso de Pedagogia da Anhanguera Salvador Camila Fortuna, o uso dos aparatos tecnológicos veio para ficar e somar na rotina educacional. “Agora, a comunidade escolar precisa buscar mecanismos para que a tecnologia continue sendo usada a favor da educação. Antigamente, os professores não deixavam os estudantes usarem o celular em sala de aula, pediam para que desligassem os aparelhos. E isso já não acontece mais. Os celulares, que antes serviam para o entretenimento, se tornaram uma potente ferramenta de estudos”, pontua.
Neste novo momento, é fundamental que os pedagogos busquem se especializar e se capacitar para promover o ensino e a aprendizagem em diferentes formatos de mídias, atentos à contribuição das redes sociais, aplicativos, jogos digitais e outras ferramentas que possam contribuir com o ensino. Além de ter o conhecimento para acompanhar e lidar com as inovações tecnológicas, os educadores precisam ser um incentivador e motivador para a autonomia dos alunos no uso consciente da tecnologia.
No ensino superior, os aplicativos e softwares foram a salvação para que os estudantes pudessem manter a rotina de estudo. E isso ainda se aplica, mesmo com a retomada das aulas presenciais. “Na pandemia, os professores usavam aplicativos para dar aulas, passar as atividades, se comunicar com os alunos. E isso ainda continua a acontecer, mesmo no pós-pandemia. Muitas ferramentas ajudam a aumentar a interação dos alunos com os conteúdos, o que só reforça a importância da inclusão da internet na vida acadêmica”, opina Camila.
A pedagoga Marli da Conceição, 44, considera que a inclusão da tecnologia nas aulas foi um momento de aprendizagem, tanto para ela quanto para os seus alunos. “Eu precisei buscar conhecimento para auxiliar os alunos, fazer a programação e planejamento das atividades que seriam realizadas. Eu não tinha tanta familiaridade com os aplicativos educacionais e os programas que ajudavam nas aulas, como Power Point ou Excel. Então, foi tudo muito novo para mim, mas deu certo”, celebra a profissional que fez diversos cursos na área da educação para se manter antenada às novidades.
Atuando na rede municipal de ensino, a pedagoga pontua que a tecnologia é facilitadora, porém pode atrapalhar quando nem todos têm acesso à internet ou aos aplicativos necessários para seguir a rotina de estudos. “O uso do celular no auxílio às aulas veio para ficar, mas precisamos pensar nas crianças e adolescentes que não têm esse acesso garantido. As escolas estão enviando os assuntos, as provas, as atividades, tudo pela internet. Mas é preciso atentar que existem prós e contras nessa questão”, salienta a educadora.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba