O Inep, organizador do Enem, divulgou nesta sexta (2) um comunicado em que nega a existência de possíveis erros nas notas da redação da edição 2020 da prova, realizada em janeiro e fevereiro passados.
O instituto “esclarece que não há problemas técnicos identificados entre a disponibilidade das referidas notas pelo consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do Enem”.
Segundo a autarquia, “na conferência das notas brutas extraídas do sistema de correção das provas e as notas apresentadas a todos os inscritos […] as análises, já concluídas, garantem que todas as notas apresentadas aos participantes estão de acordo com as notas finais calculadas após a atribuição de pontos de todos os corretores de redação”.
Candidatos enfrentaram problemas para acessar suas notas após a divulgação dos resultados. O Inep chegou a dizer que a falha havia sido resolvida, mas, 18 horas depois, havia ainda registros de pessoas que não encontravam disponível a página do participante.
O comunicado desta sexta declara que a “instabilidade apresentada no acesso aos resultados quando da abertura do sistema na Página do Participante, no dia 29 de março, não impacta no banco de notas” – ou seja, a autarquia sustenta que não haveria como ter relação a falha da última segunda com a reclamação específica sobre pontuação na redação.
Nas redes sociais, após a divulgação dos resultados, candidatos disseram estranhar a nota recebida:
“Amostras das reclamações em redes sociais e veículos de imprensa foram averiguadas e nenhum caso apresentou divergência”, afirma a nota.
Segundo o Inep, cada uma das páginas da prova possui um código de barras único, que contém a inscrição do participante. “Tanto o número de inscrição quanto o código de barras final possuem dígitos verificadores, o que reforça a segurança de atribuição da nota correta ao participante correspondente”.
O processo de digitalização explica a autarquia, ocorre da seguinte forma:
são obtidas as imagens do cartão-resposta e da folha de redação, de onde os códigos de barras são extraídos
são validadas, em ambas as imagens, as inscrições e os seus códigos de barras;
é feita validação por scanner para verificar se duas folhas passaram juntas;
é validado o dígito verificador do código de barras como um todo.
Posteriormente, diz o Inep, há:
leitura automática e identificação do código de barras da imagem e sua comparação com a base de participantes que estavam na mesma sala e inscritos;
registro da identificação da imagem original do participante;
cópia da imagem original e tratamento de supressão das informações existentes na imagem, evitando, assim, que o participante seja identificado;
melhoria na qualidade da imagem do texto, para facilitar a leitura pelo time de corretores;
validação do conteúdo da área de texto da redação, para separar as imagens brancas com texto insuficiente das imagens válidas a serem corrigidas.
O Inep diz que os resultados divulgados “refletem a realidade da nota final atribuída após a análise dos corretores das redações”.
Fonte: G1
Créditos: G1