Prevenção

ENEM DURANTE PANDEMIA: infectologista recomenda quarentena dos candidatos após a prova

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) se somou à pressão de outras entidades e enviou, nesta quarta-feira (13), uma carta ao Ministério da Educação em que solicita ao titular da pasta, Milton Ribeiro, que adie a data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dois próximos domingos (17 e 24).

A prova tem mais de 5 milhões de candidatos inscritos, que passarão pelo menos duas horas em uma sala de aula com no mínimo outros 30 participantes realizando o exame. A preocupação do Conass é baseada na recente alta no número de casos em todo o país somado a um plano de vacinação inexistente.

Não só o Conass, mas também a a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Defensoria Pública da União, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a Educafro entraram com uma ação na Justiça exigindo o adiamento das provas. O pedido, porém, foi negado pela Justiça de São Paulo.

O infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fábio Junqueira, disse à Revista Forum que recomenda aos alunos que farão a prova uma quarentena de duas semanas após o exame. Segundo ele, o que mais preocupa é a possível transmissão do vírus que esses candidatos poderiam levar para suas famílias.

“É importante esse candidato se ambientar. Se expôs num cenário com maior risco. Tem que fazer uma quarentena de pelo menos uns 14 dias de pais, tios, avós ou alguém que more na mesma casa e tenha comorbidade”, disse.

O médico deu como dica o uso da máscara modelo N95 que, para ambientes fechados, segundo ele, protegem mais que as máscaras comuns, além de protetor ocular, como óculos ou face shield.

Junqueira disse também que o risco de se contagiar também é alto no trajeto desse estudante, em paradas de ônibus, no próprio ônibus ou em frente aos locais de prova.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já declarou que o uso de máscara é obrigatório para entrar no local de prova e na sala de aula, sob pena de desclassificação. As salas terão 50% menos candidatos que nos outros anos e as carteiras estarão dispostas respeitando o distanciamento social.

Fonte: Polêmica Paraíba com Revista Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba com Revista Fórum