Em uma recente entrevista concedida à TV Diário do Sertão, Harrison Targino, atual presidente da OAB-PB, acusou Rafaella Brandão, sua vice-presidente, de “criar argumentos fugindo dos caminhos da verdade” como estratégia política. Porém, o que Targino não contava era com a resposta ágil e acompanhada por provas apresentadas por Rafaella comprovando sua exclusão e invisibilização durante a gestão.
Segundo a vice-presidente, desde a posse, e não só ela, mas muitos que acreditavam na continuidade do modelo de Gestão implantado por Paulo Maia foram silenciados e excluídos na gestão de Harrison. “Como vice-presidente, muitos convites de eventos e solenidades institucionais não chegavam até mim, principalmente no último ano de gestão, e em muitos casos outras pessoas eram designadas em meu lugar, sendo descumprindo o artigo 98 do Estatuto da Advocacia, e muitos deles eu era informada pelas redes sociais” contou Rafaella.
Uma das acusações de Harrison Targino foi sobre a ausência da vice-presidente na Conferência Estadual de dezembro 2023, onde, segundo ele, era de “estar a ao seu lado como palestrante, porém o convite teria sido declinado”. Responde Rafaela que o convite foi um disfarce em virtude de sua exclusão da organização da Conferência na qual o vice-presidente tem participação obrigatória, como dita o art. 147 do Estatuto da Advocacia. Disse que lhe foi enviado e-mail três dias antes do evento apenas para presidir uma mesa, ignorando a aludida regra que insere o vice-presidente como membro obrigatório da comissão organizadora da conferência, sendo o convite para participar de mesa uma forma de disfarçar a exclusão apenas porque Harrison não suporta há muito tempo o enaltecimento por Rafaella da gestão de Paulo Maia.
Rafaella afirmou que tinha ciência dos atos apenas pelas redes sociais. E que foi excluída inclusive da pauta das mulheres, mesmo demonstrando disponibilidade no grupo da diretoria. O convite para a mesa foi declinado pela falta de respeito à mencionada regra legal e às funções e espaços institucionais da vice-presidência.
Confira algumas provas apresentadas por Rafaella Brandão:
1- Evento da Procuradoria de Justiça e Corregedoria Geral. Não podendo o presidente participar, enviou a conselheira Ana Paula Albuquerque para representá-lo ainda que esse fosse um dever e direito da vice-presidente, conforme mostra foto oficial do evento no site do MP. Questionado no grupo da diretoria Targino acusou Rafaella de ciúmes:
2- Evento da AGU, posse da Procuradora Iris Teixeira, em 18/06/24. Rafaella Brandão esteve presente mas à convite da própria AGU. Neste evento, a designação para representar a Ordem recaiu sobre a vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba (CAAPB), Dra. Renata Mangueira, que esteve presente à solenidade.
3. Outras oportunidades que a vice não pode exercer seu papel regimental previsto no art. 98 do Estatuto.
Na entrevista anteriormente citada, o presidente da OAB-PB justificou falas de sua vice acusando-a de se abster da verdade motivada por amizades com Assis Almeida e Paulo Maia e pelo sentimento de oposição. Ele também alegou que Rafaella não participou dos eventos porque não quis, tendo sido convidada em todas as ocasiões, o que, segundo Rafaella, é uma inverdade, conforme provas citadas acima.
Assessoria