“Explorando a Ciência Detetive: A Química Forense como Caminho para a Significação da Aprendizagem” e o “Stone: Da Pedra à Fórmula – Uma Aventura Química de Aprendizagem” são os títulos dos projetos apresentados pelo professor de Química, Alef Santos, da Escola Cidadã Integral (ECI) Serveliano de Farias Castro, do município de Caraúbas, no Cariri paraibano, durante o XXII Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ). O evento teve início na segunda-feira (09) e está sendo finalizado nesta quinta-feira (12), na Universidade Federal do Pará, em Belém.
O ENEQ é o maior e mais importante evento da área. Realizado desde 1982, este ano o encontro trouxe como tema “O Ensino de Química na defesa de direitos e inclusão social: ações e propostas para o contexto brasileiro”. O assunto surgiu da necessidade de posicionamento e debate da comunidade de ensino de Química acerca do cenário atual de defesa e resgate de direitos na esfera social e ambiental e no campo de lutas em prol da educação pública.
Em seus projetos, o professor Alef reforça a importância do ensino de Química através de ferramentas e assuntos de interesse dos estudantes para tornar as aulas mais atrativas. Os projetos tiveram como base uma pesquisa aplicada por meio de questionários respondidos por estudantes.
O “Explorando a Ciência Detetive: A Química Forense como Caminho para a Significação da Aprendizagem” foi desenvolvido a partir dos sonhos profissionais dos estudantes, tendo a investigação criminal como foco. O projeto traz como objetivo relacionar o conhecimento científico ao sonho profissional dos estudantes, já que 30 alunos da escola responderam a um questionário preliminar sobre o desejo de trabalhar na área. Por conta disso, o professor criou a disciplina eletiva “Ciência Forense: na trilha dos elementos”.
“A Química desempenha um papel crucial na ciência forense, sendo fundamental para a análise de evidências de materiais, como sangue, drogas, resíduos de pólvora, fibras e toxinas. Técnicas como cromatografia, espectrometria e análise de DNA ajudam a identificar substâncias, determinar a composição química de materiais e revelar pistas invisíveis a olho nu, facilitando a prisão de eventos e a identificação de suspeitos ou causas de crimes no processo de investigação criminal”, disse o professor Alef.
A segunda proposta apresentada “Stone: Da Pedra à Fórmula – Uma Aventura Química de Aprendizagem” teve como foco a cultura geek, uma vez que os estudantes fazem parte da geração Z. O professor utilizou o anime Dr. Stone para a organização do conhecimento prévio para a significação da aprendizagem.
“Ao trazer conceitos científicos, como os de Química, em uma narrativa envolvente, como a do anime, ele facilita a compreensão dos tópicos básicos e torna a aprendizagem mais significativa para os alunos. Nesse contexto, foram explorados aspectos conceituais ligados à linguagem científica, história da química, reações químicas, vidrarias e práticas laboratoriais, além de métodos de separação de misturas, foi possível relacionar com a Física e a Biologia, discutindo aspectos sobre a luz, som e a classificação dos animes,” explicou o professor.
Assessoria