Os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), confirmaram, na tarde desta quarta-feira(29), o início da greve dos docentes a partir da próxima segunda-feira(03) por tempo indeterminado. O processo de votação ocorreu em uma Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB), realizada no Centro de Vivências da Instituição.
Em todo o Estado, durante a manhã de hoje(29), a ADUFPB já proporcionou greves nos campus de Areia e Bananeiras. Por meio de discurso, o tesoureiro da associação, professor Édson Franco, relatou que não restava outra alternativa senão esta.
Ao todo, foram 167 votos favoráveis, 38 contrários, além de duas abstenções para deflagração da greve. Já no Campus I, em João Pessoa, foram contabilizados cerca de 147 votos favoráveis e 23 contra a realização da greve. No início da próxima semana, logo na segunda-feira(03), às 15h, terá a instalação do comando de greve na sede da ADUFPB, com localização no Centro de Vivências da UFPB.
Segundo a Associação, um dos motivos para que a paralisação aconteça, é que o governo federal permanece negando qualquer possibilidade de reajuste salarial neste ano, oferecendo aumento de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Já a categoria docente, defende o índice de 22,71%, como meta de recomposição para os próximos três anos, sendo 7,06% em 2024; 9,0% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026.
O governo reafirmou, na última segunda-feira(27), que não há mais margem para negociação, nem reajuste em 2024. Porém, após pressão feita pelos sindicatos, aceitou se reunir novamente no dia 03 de junho.
“Esperamos que, nessa data, nós tenhamos uma efetiva mesa de negociação e não mais um momento de intransigência da parte do governo federal, que se nega a negociar com professores e professoras”, disse Gustavo Seferian, presidente do Andes-SN.