O plantão do último sábado (17) no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), em Patos, registrou um feito inédito na unidade, que foi a realização de uma cirurgia denominada Bypass femoro poplíteo infragenicular. O procedimento cria uma nova rota para o fluxo sanguíneo, contornando a artéria obstruída ou danificada. No caso do paciente da unidade, foi utilizado um enxerto vascular utilizando a veia safena.
O paciente, de 68 anos, da cidade de Desterro, estava internado há alguns dias no hospital com severo comprometimento vascular periférico e antes do procedimento foi submetido a uma arteriografia (verifica a presença de entupimentos (obstruções) ou dilatações (aneurismas) na artéria aorta e seus ramos) com intenção inicial de angioplastia para revascularização, mas, como a lesão que ele apresentava era muito longa, o indicado nestas situações era a intervenção cirúrgica denominada Bypass.
“A cirurgia de Bypass trata artérias que apresentam estreitamentos criando um desvio ou ponte permitindo que o sangue circule em torno da área bloqueada. No caso de nosso paciente, retiramos a veia safena que funcionou como um enxerto vascular. Depois, foi feita uma anastomose (ligação entre artérias, veias ou órgãos que estabelecem uma comunicação entre si) da artéria femoral para ultrapassar todo o segmento que estava obstruído e, em seguida, fizemos nova anastomose abaixo do joelho. Com esse procedimento, o sangue voltou a circular normalmente na perna e no caso do paciente também no pé”, explicou o cirurgião vascular Jânio Rolim.
Ainda segundo o médico, o paciente tinha um ferimento grave no pé, provocado pelo comprometimento vascular, o que ocasionou a perda de três dedos por necrose. “Após a revascularização, fizemos a retirada dos dedos e o paciente vem evoluindo muito bem, inclusive em relação à dor que ele sentia.
Era um paciente que sentia tanta dor que não estava nem respondendo mais nem a morfina”, afirmou Dr. Jânio. O paciente continua internado para tratar de outras questões, inclusive a infecção do pé.
A cirurgia demorou quatro horas e foi realizada graças ao apoio do diretor geral, Francisco Guedes, e do diretor técnico, Pedro Augusto, que disponibilizaram a estrutura necessária para realização do procedimento que não faz parte da rotina cirúrgica da unidade.
A equipe responsável pela cirurgia incluiu, além de Dr. Jânio Rolim, o médico vascular Edgley Almeida, o anestesista Jankiel Valério da Costa, os instrumentadores Fernanda Nunes e Halanderson, o enfermeiro Alisson Renner, além dos enfermeiros circulantes Antônio Pereira, Alisson Magno e Genildo Medeiros.
Fonte: Governo da Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba