
Paraíba - O Ministério da Saúde anunciou a expansão do Programa Mais Médicos na Paraíba, com a inclusão de 28 novos profissionais para reforçar a assistência em saúde no estado. O número faz parte do primeiro edital de 2025, que prevê a contratação de 2.279 médicos para atuação em diversas regiões do Brasil. A iniciativa busca fortalecer a atenção primária e garantir atendimento médico para toda a população, com foco nas áreas de maior vulnerabilidade e difícil acesso.
Os novos profissionais vão integrar as equipes de Saúde da Família, responsáveis pelo atendimento inicial e encaminhamento de pacientes para atendimento especializado quando necessário. O prontuário eletrônico do SUS, o e-SUS APS, será utilizado para facilitar a integração entre a atenção primária e especializada, garantindo um acompanhamento mais eficiente dos pacientes. Por meio desse sistema, os médicos poderão monitorar retornos, acompanhar exames e atualizar informações clínicas, agilizando o atendimento.
Além da ampliação na Paraíba, o Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (17) o acolhimento de 402 médicos formados no exterior. Esses profissionais passarão pelo Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) e começarão a atuar em abril, atendendo cerca de 180 municípios e 15 Distritos Sanitários de Saúde Indígena em 22 estados.
O número de médicos do programa Mais Médicos dobrou desde 2022. Atualmente, há 26 mil profissionais em atividade em todo o país, beneficiando mais de 66 milhões de pessoas. A Paraíba terá 25 municípios contemplados com contratações imediatas e outros 137 para cadastro reserva. Gestores estaduais e municipais têm até 24 de março para aderir ao programa por meio do sistema e-Gestor. O resultado do edital está previsto para 8 de abril.
O edital também prevê a promoção da igualdade étnico-racial, com vagas afirmativas para médicos negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. A região da Amazônia Legal contará com 473 novas vagas distribuídas em 709 cidades.
Na Paraíba, o programa Mais Médicos reforça a assistência na atenção primária, que é a principal porta de entrada do SUS. Com a ampliação do número de profissionais, o estado fortalece a capacidade de atendimento à população, garantindo maior acessibilidade aos serviços de saúde. O programa também incentiva a formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade, promovendo um atendimento mais humanizado e eficiente.
O acolhimento dos médicos formados no exterior seguirá até 11 de abril, com aulas sobre o SUS, equidade étnico-racial, saúde mental e outros temas prioritários para a atenção primária. Ao final do curso, todos os médicos passarão por uma avaliação, na qual será exigida uma média mínima de 50% para aprovação.