Universidade

Mesmo com greve dos professores, reitor da UFPB descarta suspensão do calendário acadêmico

Contrário ao movimento, Valdiney Gouveia toma sua decisão

Foto: Reprodução
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Na última sexta-feira(14), o atual reitor da UFPB(Universidade Federal da Paraíba), Valdiney Gouveia, vetou a decisão estabelecida pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que suspendia o calendário acadêmico do período 2024.1 devido às manifestações dos professores e técnicos administrativos. A greve iniciada pelos docentes está em vigor desde a primeira semana do mês de junho.

Houve também, uma explicação da iniciativa, visando garantir que o servidor seja livre na luta pelos seus direitos:

“Embora a greve seja um direito do trabalhador/servidor, não poderá haver constrangimentos para impedir ou obrigar o servidor a comparecer ao local de trabalho. Essa decisão cabe exclusivamente ao servidor”.

“Observa-se, assim, que a suspensão do calendário sem amparo no interesse público e com anuência da administração superior se equipara ao lockout, pois os professores ficarão impedidos de exercer uma de suas atividades principais, que é o ensino. Esta atitude configuraria, também, ato de persuasão para impedir que professores contrários ao movimento paredista aderissem a ele, o que violaria o art. 6º, §§ 1º, 5º e 6º, da Lei de Greve, dispositivos estes que proíbem que se impeça o acesso ao trabalho”, confirmou o reitor.

Ainda de acordo com as razões do veto, os motivos vão além de prejuízos aos estudantes matriculados, afinal, “a suspensão parcial do calendário nos termos aprovados pelo Consepe, fere a isonomia do tripé da universidade: ensino, pesquisa e extensão, pois afeta o ensino, mas não se impõe greve em atividades de pesquisa e extensão, sejam elas voluntárias ou remuneradas”.