João Pessoa - O secretário de Saúde de João Pessoa, Luís Ferreira Filho, esteve na Câmara Municipal nesta quinta-feira (20) para apresentar o relatório de prestação de contas referente ao último quadrimestre de 2024. Ele informou que a prefeitura destinou R$ 284,4 milhões para serviços e ações de saúde, o que equivale a 30,7% da receita municipal—mais que o dobro do mínimo exigido por lei (15%).
Ferreira ressaltou que João Pessoa possui uma das maiores redes municipais de saúde do Brasil, com 356 unidades de atendimento, e que 60% dos atendimentos são destinados a pacientes de outras cidades. Durante o período, a Atenção Básica registrou 261 mil consultas individuais, 41 mil atendimentos odontológicos e 291 mil procedimentos médicos e de enfermagem.
Demandas dos vereadores
Durante a sessão, os vereadores apresentaram questionamentos e sugestões de melhorias para a saúde pública. Marcos Henriques (PT) cobrou a revisão do adicional de insalubridade para algumas categorias profissionais e melhorias no PSF Cidade Verde, em Mangabeira. O secretário orientou que os profissionais procurem a Secretaria para uma análise individual e garantiu que será feita uma força-tarefa para atender o PSF.
Milanez Neto (MDB) questionou o andamento do Plano de Cargos e Carreiras (PCCR) dos agentes de saúde e a previsão de um concurso público para a área. Ferreira informou que a mesa de negociação foi retomada e que uma definição deve ocorrer até o meio do ano.
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Ícaro Chaves (Podemos) sugeriu a modernização dos serviços de saúde por meio do aplicativo “João Pessoa na Palma da Mão”, permitindo o agendamento online de consultas e reduzindo deslocamentos desnecessários. O secretário afirmou que a meta é digitalizar pelo menos 50% das marcações.
Jailma Carvalho (PSB) solicitou mais informações sobre as ações voltadas para a saúde mental. Ferreira anunciou o planejamento de um serviço de atendimento domiciliar específico para essa área.
Eliza Virgínia (PP) criticou os transtornos causados pelas reformas nas unidades de saúde e sugeriu ajustes nas escalas médicas. O secretário explicou que as obras são realizadas em etapas para minimizar impactos e garantiu que a falta de médicos não está relacionada à remuneração.
Por fim, Carlão (PL) propôs a inclusão de profissionais de educação física na saúde preventiva. Ferreira convidou o vereador para desenvolver um projeto conjunto, com foco especial na população idosa.
