Com presenças ilustres, o Cardiologista Valério Vasconcelos lança seu 13• livro, “Saúde Pública – A primazia do cuidado”; veja as fotos

  Valério Vasconcelos é autor de vários livros, inclusive de poesias, fato que comprova a sua acurada sensibilidade. Trata-se de um intelectual, de um profissional de renome da medicina  brasileira.

O livro aborda a história da medicina e a forma de prestar atenção e cuidados ao ser humano em várias civilizações. O cuidar sempre foi uma preocupação dos grupos sociais, revelando-se, inclusive, em outras espécies.
Valério Vasconcelos coloca o leitor numa espécie de máquina do tempo para desfrutar de uma viagem pela história da medicina a partir do homem das cavernas. Os primeiros médicos eram curandeiros de origem divina, como o pajé das tribos brasileiras.
O autor analisa aspectos do cuidado ao ser humano desde gregos e romanos, até os dias atuais.
Traz à colação que o dever de cuidar da saúde do cidadão é de responsabilidade do Estado. Esse dever surgiu a partir da Segunda Guerra Mundial, através do Estado de Bem-estar Social. Por ser uma obrigação estatal que revelou-se necessária, de grande interesse público, foi definitivamente incorporada pela Carta das Nações Unidas como dever do Estado e um direito fundamental do homem. O artigo 25 desse documento esta assim redigido:

 "Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle". 

Na esteira da Carta das Nações Unidas, o Brasil garantiu atendimento à saúde universal através do artigo 196, da Constituição Federal de 1988, que dispõe:

Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

   O autor analisa, de forma minudente,  o sistema de saúde brasileiro,  fazendo um histórico da saúde pública a partir da instalação das faculdades de medicina com a  chegada, em 1808, da família imperial portuguesa ao Brasil.

A parte substancial do livro é dedicada ao Sistema Único de Saúde – o SUS – o qual começou a se delinear em 1986, através de ideias consensuais saídas de uma conferência nacional de saúde. O SUS, além de outros fatores, foi o responsável pelo aumento da expectativa de vida do brasileiro. A sua principal característica é a descentralização da gestão e o controle social.
O programa “Mais Médicos” não deixa de ser comentado pelo autor, que aborda os panoramas e os desafios da saúde pública brasileira, como rotinas exaustivas de trabalho, a baixa remuneração dos médicos, a precarização do atendimento e outros entraves.
A importância de apoiar os fabricantes de equipamentos de alta tecnologia, bem como a inteligência artificial para uso da medicina, não deixam de ser comentados em capítulos do livro.
Cuidar da saúde é tratar da vida, um valor de extrema relevância para o ser humano. Ao tratar da saúde pública е da saúde privada, o autor enfatiza que “sem a saúde, não apenas a qualidade de vida estará impactada em relação à felicidade, a autoestima e a mobilidade, como também prejudicará a própria possibilidade de um indivíduo trabalhar e conseguir recursos para viver de forma digna”. Por conseguinte, sem saúde até a liberdade de um indivíduo estará ameaçada e restringida.
Sem dúvida, a obra de Valério Vasconcelos insere-se entre aquelas notáveis e imprescindíveis para quem deseja compreender o nosso sistema de saúde e trabalhar para aperfeiçoá-lo. O livro merece, portanto, ser lido, estudado e divulgado.”

Valério Bronzeado
Promotor de Justiça aposentado e membro da Academia Paraibana de Letras Jurídicas.

Sobre Valério Vasconcelos

Valério Marcelo Vasconcelos do Nascimento (Valério Vasconcelos), nasceu na cidade de Monteiro, no estado da Paraíba no dia 23 de dezembro de 1969.
Descendente de família do interior da Paraíba, fez seu primeiro grau no colégio Instituto Rio Branco e colégio Instituto Presidente Epitácio Pessoa. Fez seu segundo grau no colégio Central de Aulas. Ainda na infância decidiu que queria ser médico pesquisador para estudar a doença de chagas. Graduado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1994, fez residências médicas em: clínica médica na UFPB, unidade de terapia intensiva adulto (UTI) no Hospital de Base do Distrito Federal, cardiologia no Insttituto Dante Pazzanese de Cardiologia, na cidade de São Paulo e ecocardiografia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Fez também outras pós-graduações MBA em gestão hospitalar e nutrologia pela ABRAN. É doutor em cardiologia pela USP DE São Paulo-onde foi diretor técnico do pronto-socorro, fundador da disciplina de urgência e emergência, idealizador da unidade de dor torácica e médico assistente da direção no setor de gestão hospitalar. Foi também médico assistente da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Escola Paulista de Medicina (EPM), onde atuou como médico assistente da UTI do pulmão, preceptor da residência médica de pneumologia, preceptor do ambulatório de hipertensão pulmonar, cardiologista do transplante de pulmão e professor da disciplina de pneumologia. É pesquisador, escritor, poeta, romancista, palestrante e orientador em teses de mestrado e doutorado, com inúmeros trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais e autor de vários livros técnicos em áreas como: cardiologia, eletrocardiografia, ecocardiografia, risco cirúrgico e aoutros. Atualmente é cardiologista pesquisador no Núcleo de Pesquisas Clínica e Experimental em Cardiologia (NUPECC) da UFPB. Ocupa uma cadeira na Academia de Letras, Ciências e Artes do Vale do Mamanguape.