João Azevêdo e Efraim Filho elevam o tom em bate-boca sobre Segurança Pública da Paraíba; veja

O governador João Azevêdo (PSB) e o senador Efraim Filho (União Brasil) elevaram o tom, nas últimas horas, no bate-boca que vêm travando sobre a situação da Segurança Pública da Paraíba, tendo como pano de fundo a ameaça de greve por integrantes das Forças de Segurança pleiteando reajuste salarial.

O chefe do Executivo acusou o parlamentar de tentar fazer “exploração política” em cima do tema, diante do projeto de querer ser candidato ao governo em 2026 pela oposição, e ainda afirmou que Efraim foi omisso na destinação de recursos de emenda para o setor, apesar das necessidades e das carências enfrentadas. Concluiu suas declarações duvidando das credenciais de Efraim para participar de manifestações de protesto. O líder do governo, Chico Mendes, disse que o senador “nunca foi conhecido como sindicalista na Paraíba”.

O parlamentar reagiu em vídeo nas redes sociais e em declarações à Rádio Arapuan na noite de ontem, alegando que o governador “falta com a verdade”, talvez por desinformação dele ou da sua assessoria. “Contra fatos não há argumentos e quando os números comprovam, não há fake news que dê jeito”, atacou Efraim Filho, revelando que a oposição destinou, sim, recursos para a Segurança Pública da Paraíba e que somente para a gestão de João Azevêdo, de 2019 para cá, o montante foi de cerca de R$ 20 milhões, utilizados na aquisição de equipamentos para Centros Integrados da Polícia e para outros setores da corporação. Os recursos foram destinados tanto por ele como pelo deputado federal Cabo Gilberto Silva, do PL, e ainda pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB.

Efraim apelou ao governador para não omitir essas informações do conhecimento público, até pelo dever de ser transparente quanto ao destino dado aos recursos públicos. Para ele, o governo da Paraíba paga o pior salário aos policiais civis e militares em comparação com outros Estados e o governo tem tergiversado no atendimento da reivindicação que agora é feita pela categoria. “Se o senhor tem tanto dinheiro, vive dizendo que a Paraíba está de cofre cheio, separe um pouquinho para cuidar do policial que também é servidor público e que faz horas-extras e plantões para poder reforçar o orçamento e botar o pão na mesa de sua família”, advertiu Efraim Filho. O senador disse que continuará mobilizado em torno da causa, a fim de que os policiais paraibanos tenham, pelo menos, vencimentos situados dentro da “média Nordeste”.