Em resposta a uma proposta da vice-presidente da OAB/PB, Rafaella Brandão, Harrison Targino, atual presidente da instituição e candidato à reeleição, demonstrou descompromisso com a inserção de advogados e advogadas no mercado de trabalho.
No início de sua gestão, Rafaella Brandão apresentou a Harrison um projeto inovador para a OAB/PB: a criação de um Banco de Currículos voltado aos jovens advogados e advogadas, além daqueles em busca de recolocação profissional. A proposta tinha como objetivo fomentar a empregabilidade na advocacia paraibana, criando um canal de oportunidades para que esses profissionais tivessem mais facilidade em se reintegrar ao mercado. Contudo, Harrison Targino rejeitou a proposta, afirmando que a “OAB não é SINE” (referência ao Sistema Nacional de Emprego), indicando uma postura inflexível e distante das demandas da categoria.
Frustrada com a recusa, a proposta encontrou apoio em Assis Almeida, presidente da CAAPB, que decidiu abraçar o projeto. Assis Almeida buscou apoio na ESA, que, através de seu diretor Diego Cabral, ficando a seu cargo a qualificação dos advogados objetivando sua inclusão em um banco de currículos que seria compartilhado com escritórios e empresas interessadas em profissionais qualificados. No entanto, o presidente Harrison Targino ameaçou exonerar o diretor da ESA caso ele seguisse com o apoio à iniciativa, forçando um recuo.
Determinado a levar o projeto adiante, o Presidente da CAAPB recorreu à faculdade Uninassau, que inicialmente se comprometeu a participar e até anunciou uma aula magna com o juiz Euler Jansen para inaugurar a iniciativa. Contudo, como se houvesse sido pressionada também recuou pouco antes do início das atividades, levando Assis Almeida a buscar o apoio do CEJUSA, sob a coordenação da professora Susana Araújo que convênio com a Caixa de Assisten os iniciou a qualificação do advogado por meio do subprojeto Advoga+*, ao qual foi incluso o curso de empreendedorismo com apoio do Sebrae, promovendo-se assim a qualificação do advogado visando sua inserção no mercado.
A postura de Harrison Targino, marcada por autoritarismo e resistência à melhoria da vida da advocacia, tem gerado insatisfação entre muitos advogados. Ao ignorar propostas voltadas para a formação profissional visando à empregabilidade ele se distancia das necessidades da jovem advocacia paraibana, que busca apoio em sua entidade de classe para o início da carreira.