Na última terça-feira (19), Edmundo Barbosa, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), recebeu executivos da empresa francesa Arhyze, especializada em energia renovável e produção de hidrogênio verde, para discutir potenciais investimentos na Paraíba.
Mathieu Coustets e François Maugin, representantes da Arhyze, foram acompanhados durante toda a agenda por Barbosa. A pesquisadora do CEAR/UFPB, Camila Seibel, e um membro do Polo EMBRAPII, Marcílio Máximo, também participaram da agenda. A empresa francesa demonstrou interesse em produzir hidrogênio verde, fertilizantes de baixo carbono e e-metanol no estado.
Pela manhã, os executivos visitaram as instalações do Porto de Cabedelo, considerado essencial para as operações da Arhyze. À tarde, houve uma reunião com Rômulo Polari, presidente da CINEP, na qual foi apresentado para o Governo da Paraíba o projeto da Arhyze.
Segundo Edmundo Barbosa, “essa é uma grande oportunidade para destacar ainda mais a Paraíba no campo das energias renováveis. Aqui, poderemos produzir hidrogênio verde, fertilizantes de baixo carbono e e-metanol, um combustível essencial para a descarbonização do setor marítimo. Estamos muito otimistas e desejamos que o projeto da Arhyze seja um sucesso em nosso estado!”
Um aspectos mais atraentes para a economia da Paraíba seria a conversão do excedente de energia elétrica gerado em um fertilizante verde, nitrato de amônia, de baixa volatilidade e alto rendimento na agricultura e capaz de agregar valor na cana- de-açúcar e na fruticultura, o que pode incentivar negócios com mercados como da União Europeia. A conversão do hidrogênio verde em amônia poderá viabilizar também a exportação dessa forma de energia renovável.
A Paraíba está estrategicamente bem localizada em relação aos mercados internacionais, estando próxima dos Estados Unidos e da Europa, o que favorece a exportação e o desenvolvimento econômico regional. Todo o produto produzido aqui poderá ser exportado pelo Porto de Cabedelo.
Além disso, a Paraíba apresenta produção de CO2 biogênico, como nas usinas de etanol, fundamental para a produção de e-metanol com utilização de hidrogênio verde. A indústria de fertilizantes poderá ser uma das primeiras no Nordeste. Outra vantagem é que a região Nordeste possui uma considerável produção de energia elétrica renovável, o que facilita a implementação desses projetos.
Assessoria