Entrevista

EXCLUSIVO: Thiago Leite promete investimento na inovação tecnológica no Poder Judiciário

O Polêmica Paraíba continua, nesta segunda-feira(26), as entrevistas com seis dos 22 pré-candidatos para a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional

EXCLUSIVO: Thiago Leite promete investimento na inovação tecnológica no Poder Judiciário

Nesta segunda-feira(26), continuando a série de entrevistas com seis, dos 22 candidatos tentam a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional. A expectativa é de que o processo eleitoral possa ser realizado no próximo dia 18 de setembro.

O Quinto Constitucional é um processo democrático, previsto no artigo 94 da constituição, onde todos os advogados, com mais de 10 anos de carreira podem participar, fornecendo seu nome para tentar vaga como desembargador. Consequentemente, o nome está relacionado com a divisão das vagas, já que um quinto destas devem ser preenchidas por advogados e membros do Ministério Público.

Após 20 anos de atuação, o advogado Thiago Leite, tenta a vaga desembargador pelo Quinto Constitucional. Dentre as medidas que pretende implementar, ele garante investimentos destinados a inovação tecnológica.

Considerações Iniciais

Polêmica Paraíba:

Ao todo, são 22 candidatos que também tentam a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional, qual seria o diferencial do senhor em relação aos demais operadores do direito?

Nós temos 20 anos de exercício ininterruptos na advocacia, atuamos em causas simples e extremamente complexas em todo o país e estado. Da mesma forma, conheço a realidade do Judiciário paraibano de ponta a ponta. Em todas as comarcas e em cada instância. Além disso, temos uma lista de serviços prestados à advocacia tanto no Conselho Seccional quanto na Presidência da Comissão de Defesa dos Honorários Advocatícios. Quando conquistamos a atualização da tabela de honorários, uma demanda antiga da nossa categoria. Portanto, toda essa história, toda essa trajetória de luta na trincheira da advocacia nos credencia à postulação.

PP:

Para as demais pessoas que ainda não conhecem sua história, sua formação acadêmica se deu na Paraíba ou o senhor concluiu seus estudos fora do estado?

Sou paraibano de João Pessoa, com raízes em São José de Piranhas. Sempre estudei na Capital Paraibana desde o ensino infantil até minha graduação. Enquanto isso, durante minha carreira, fiz cursos de pós-graduação também em João Pessoa.

PP:

Caso seja eleito, seria sua maior realização pessoal enquanto advogado?

Claro! Ser escolhido pela classe, pelo Poder Judiciário e pelo Governador para representar a advocacia na mais alta Corte do Estado se traduz em um dos maiores reconhecimentos que um advogado pode alcançar. Não apenas pela responsabilidade da função, mas, acima de tudo, por ser escolhido entre meus pares, de maneira democrática, para designar tal atividade.

PP:

Quais medidas o senhor tem em mente para que a ordem dos advogados, seus integrantes, assim como os demais servidores se sintam representados?

O que o advogado paraibano clama é por acesso. Por exemplo, comecei minha advocacia em Sousa, conheço a realidade de quem advoga longe de João Pessoa. Por todas as cidades onde passo, advogadas e advogados se queixam de uma proximidade maior com o Poder Judiciário.

Então, criar mecanismos de diálogo próximo e efetivo com a advocacia para solucionar os problemas enfrentados nas mais diversas comarcas do estado é o maior feito que qualquer postulante pode fazer.

Porque, a partir deste diálogo, podemos enfrentar junto ao Poder Judiciário o problema das custas processuais, da celeridade na tramitação dos processos, da valorização e respeito aos honorários, da justiça gratuita, dentre inúmeros outros temas importantes para a advocacia, pois não existe fórmula mágica! Em suma, o que tem que ser feito é ouvir a advocacia e dialogar com o Judiciário. Seremos esta ponte.

PP:

Como o senhor concilia este período do Quinto Constitucional com o período eleitoral em João Pessoa?

Na verdade, por ser advogado eleitoralista e advogar em todo o estado, eu consigo trabalhar nos diversos municípios da Paraíba e, ao mesmo tempo, estar próximo dos colegas! Não há dificuldade nisto, pois foi o que sempre fiz. Sempre estive perto dos meus colegas do litoral ao sertão.

PP:

De que maneira o senhor planeja proporcionar novas experiências aos jovens advogados que estão começando sua trajetória no direito?

Minha trajetória fala. Eu comecei estagiário e hoje sou sócio de um grande escritório de advocacia. Sempre tive um olhar voltado à jovem advocacia e sei o que mais aflige quem está iniciando na carreira.

Além disso, nosso escritório tem portas abertas para advogados iniciantes. Tanto para recebê-los como colaborador, como também para orientar quando necessário.

O jovem advogado tem receio de entrar no Tribunal, é natural do início da profissão. Então, o Desembargador oriundo da advocacia precisa receber estes jovens colegas com atenção e, sobretudo, com respeito. Advocacia precisa e deve ser respeitada!

PP:

No geral, o poder judiciário exige a inovação tecnológica, como o senhor enxerga essa realidade e como melhorar ainda mais o cenário atual na Paraíba em relação a isso?

A inovação tecnológica já é uma realidade no Poder Judiciário, situação que foi acelerada em decorrência da pandemia. O PJe, as sessões e audiências por videoconferência e o balcão virtual são avanços que melhoraram consideravelmente a vida do advogado.

Entretanto, estes mecanismos precisam de aprimoramento para que o processo seja mais célere, ou seja, precisamos que o balcão virtual efetivamente funcione, com a resolução das demandas que lhes são apresentadas, não servindo apenas mensagens automáticas sem que o advogado tenha seu pedido resolvido.

Nós pretendemos implantar, acaso escolhido, um sistema de atendimento virtual para os advogados das comarcas do interior onde eles poderão tratar diretamente com o Desembargador de seus processos sem a necessidade de sair de suas comarcas, bem como um sistema de confirmação prévio de julgamentos dos processos para que o advogado não fique sabendo do adiamento de seu processo apenas na hora da sessão.

Porém, fazer com que a tecnologia seja excludente. Sem fazer com que as pessoas sem tanta familiaridade ou acesso à internet não consigo fazer valer seus direitos.