Entrevista

EXCLUSIVO: Francisco Fidelis garante apoio para projetos educacionais no âmbito do direito para jovens estudantes

O Polêmica Paraíba continua, nesta segunda-feira(02), as entrevistas com seis dos 22 pré-candidatos para a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional

EXCLUSIVO: Francisco Fidelis garante apoio para projetos educacionais no âmbito do direito para jovens estudantes

Nesta segunda-feira(02), prosseguimos com a série de entrevistas com seis dos 22 pré-candidatos a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional. Com a confirmação da data oficial, o próximo dia 18 de setembro marca o início do processo eleitoral.

O Quinto Constitucional é um processo democrático, previsto no artigo 94 da constituição, onde todos os advogados, com mais de 10 anos de carreira podem participar, fornecendo seu nome para tentar vaga como desembargador. Consequentemente, o nome está relacionado com a divisão das vagas, já que um quinto destas devem ser preenchidas por advogados e membros do Ministério Público.

Após mais de 15 anos de atuação, o advogado Francisco Fidelis almeja ser eleito desembargador através do Quinto Constitucional. Em entrevista para o Polêmica Paraíba, ele garante que apoiará iniciativas educacionais, a exemplo do “Conhecendo o Judiciário”.

Considerações Iniciais

Polêmica Paraíba:

Ao todo, são 22 candidatos que também tentam a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional, qual seria o diferencial do senhor em relação aos demais operadores do direito?

Sou advogado militante. Partir dessa premissa, é absolutamente relevante para o importantíssimo momento que vivemos, e para a eleição que se avizinha.

Todos são qualificadíssimos, mas posso dizer que sou o único candidato que conhece bem os dois lados da moeda: fui servidor do Tribunal de Justiça da Paraíba.

Além disso, cheguei a ser assessor da Presidência, momento em que pude aprender e entender sobre a estrutura do TJ e seu funcionamento.

Por fim, fui também conselheiro estadual da OAB/PB. Então, como disse, conheço os dois lados da moeda e posso, com propriedade, discutir problemas e soluções com conhecimento de causa.

PP:

Para as demais pessoas que ainda não conhecem sua história, sua formação acadêmica se deu na Paraíba ou senhor concluiu seus estudos fora do estado?

Minha formação escolar e acadêmica foi toda formada na Paraíba.

PP:

Quais medidas o senhor tem em mente para que a ordem dos advogados, seus integrantes, assim como os demais servidores se sintam representados?

Meu gabinete será uma embaixada da advocacia. Não pretendo representar a OAB, mas a advocacia em todas as pautas políticas e administrativas no Tribunal de Justiça da Paraíba.

Dessa forma, eles sentirão que terão um legítimo representante pelo cuidado nos julgamentos dos processos, com responsabilidade, serenidade, sempre atento ao respeito às prerrogativas da advocacia.

E, acima de tudo, seu sagrado direito às sustentações orais, a ter acesso ao meu gabinete, a entregar memoriais e, principalmente, atento ao sagrado direito aos honorários sucumbenciais.

PP:

Caso seja eleito, seria sua maior realização pessoal enquanto advogado?

Não, minha maior realização como advogado acontece quando consigo trazer justiça aos meus clientes, a quem me confia a missão de defender seus direitos.

PP:

Como o senhor concilia este período do Quinto Constitucional com o período eleitoral em João Pessoa?

Sacrifiquei um pouco a minha atividade na advocacia nesse ano tão importante para advogados eleitoralistas, para me dedicar à campanha.

Minha campanha é orgânica, respeitosa, sem grandes eventos, mas visitando os colegas em seus ambientes de trabalho, seus escritórios, até em suas casas muitas das vezes.

Entendo que não é só se apresentar e pedir voto, é ouvir, é aprender e dialogar de fato, o que não é possível quando se faz um evento grandioso onde só eu teria lugar de fala. Isso exige dedicação, disposição e tempo.

PP:

De que maneira o senhor planeja proporcionar novas experiências aos jovens advogados que estão começando sua trajetória no direito?

Além de meu gabinete estar absolutamente aberto a qualquer um que queira conhecê-lo ou até mesmo me conhecer, pretendo apoiar e participar de um já existe projeto chamado “Conhecendo o Judiciário”, onde alunos não só do curso de Direito, mas até de escolas, vão ao Tribunal para conhecer suas dependências.

PP:

No geral, o poder judiciário exige a inovação tecnológica, como o senhor enxerga essa realidade e como melhorar ainda mais o cenário atual na Paraíba em relação a isso?

A Inteligência Artifical é uma realidade que já é discutida e impactada em tribunais superiores.

Vejo com entusiasmo novas tecnologias, principalmente esta, mas com muito cuidado para não automatizar a tomada de decisões, que exige sempre um olhar humanitário e sensível à realidade dos fatos que são trazidos a julgamento.

Da mesma maneira, a realidade da sociedade, que é muito volátil e imperceptível por uma máquina. Avanços tecnológicos são sempre bem-vindos quando não são um fim em si mesmos, mas um meio para a efetividade da prestação jurisdicional justa e eficiente.