As obras de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, já alcançaram 1,8 quilômetro de extensão concluída, correspondendo a 40% dos serviços, segundo a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) da capital. De acordo com a secretaria, a execução do aterro hidráulico está dentro do cronograma, e a previsão de entrega permanece para o fim de dezembro. O investimento na obra é de aproximadamente R$ 73 milhões. Iniciadas em 30 de agosto com testes de granulometria e volume de areia, as operações foram interrompidas em 3 de setembro e retomadas em 20 de setembro.
“Com 1,8 km concluídos, a obra está com 40% do projeto finalizado e a entrega segue prevista para dezembro”, afirmou a Seinfra nesta terça-feira (12). Na semana passada, Carlson Gomes, secretário da pasta, celebrou o progresso da obra em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, mencionando que, após quase dois meses do início efetivo, os trabalhos estão fluindo conforme esperado. “Houve uma espera de cerca de 10 dias para o início real da engorda devido a um problema com a jazida, mas a obra segue normalmente. Já notamos a aprovação da população com o trecho de pouco mais de um quilômetro pronto”, disse o secretário na ocasião, quando o avanço era de 1,35 km.
A intervenção tem atraído surfistas e praticantes de kitesurf, prometendo um impulso ao turismo e à economia de Ponta Negra. “Planejamos concluir tudo após o dia 20 de dezembro”, acrescentou o secretário. Os serviços atuais estão concentrados no início do calçadão de Ponta Negra, e a obra total abrangerá 4 quilômetros, entre a Via Costeira e o Morro do Careca. Com essa intervenção, a faixa de areia passará a ter 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta.
A pausa nos serviços foi motivada por questões relacionadas à jazida original de extração de areia, que foi substituída após a Prefeitura encontrar uma nova fonte, com sedimentos de qualidade e em quantidade suficiente para o projeto. A situação de emergência foi decretada nas praias de Ponta Negra e Via Costeira para evitar colapsos em áreas da orla, como hotéis, o passeio público, o sistema de drenagem e o Morro do Careca, prevenindo acidentes fatais e impactos ambientais.
As intensas marés altas que atingiram Natal no período foram um dos fatores que justificaram o decreto de emergência. A Procuradoria Geral do Município explicou que a situação de emergência abrangia mais do que apenas a obra da engorda, permitindo a continuidade dos trabalhos amparada pela legislação, como o Código Florestal e a Resolução 369 do Conama.
No mês passado, a Agência Nacional de Mineração (ANM) autorizou a extração de areia da nova jazida, essencial para as obras. A Justiça também determinou que o Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) não interferisse na execução do projeto.