TRAMITAÇÃO

Desoneração da folha passa pelo Senado e Famup pede ajuda dos deputados para aprovação na Câmara 

O presidente da Famup, George Coelho, comemorou a aprovação da matéria e destacou a importância da unidade dos prefeitos da Paraíba

Foto: reprodução
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A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) destacou a aprovação, pelo Senado, do substitutivo do senador Jaques Wagner ao projeto que trata do regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. O PL 1.847/2024, do senador licenciado Efraim Filho, atende ao acordo firmado entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional sobre a Lei 14.784, de 2023, que prorrogou a desoneração até o final de 2027. A matéria segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
 
O presidente da Famup, George Coelho, comemorou a aprovação da matéria e destacou a importância da unidade dos prefeitos e prefeitas da Paraíba para que o projeto também seja aprovado na Câmara. “Precisamos nos unir para pedir aos nossos deputados federais que votem favoravelmente à desoneração da folha. Precisamos da ajuda da nossa bancada federal nesse processo, que agora chega à Câmara Federal”, afirmou.
 
Conforme o projeto, a reoneração gradual da folha de pagamento terá duração de três anos (2025 a 2027). O gradualismo da transição proposto por Efraim é uma tentativa de reduzir o impacto tanto no mercado de trabalho quanto na arrecadação de tributos. O projeto mantém a desoneração integral em 2024 e estabelece a retomada gradual da tributação a partir de 2025, com alíquota de 5% sobre a folha de pagamento. Em 2026, serão cobrados 10% e, em 2027, 20%, quando ocorreria o fim da desoneração. Durante toda a transição, a folha de pagamento do 13º salário continuará integralmente desonerada.
 
O projeto também reduz, gradualmente, durante o período de transição, o adicional de 1% sobre a Cofins-Importação, instituído em função da desoneração da folha de pagamento. Esse adicional será reduzido para 0,8% em 2025 e para 0,6% no ano seguinte. Já em 2027, será de 0,4%.
 
Na justificativa do projeto, Efraim Filho afirma que o diálogo entre os Poderes permitiu alcançar um denominador comum que confere previsibilidade e segurança ao setor privado neste ano de 2024 e, ao mesmo tempo, ajusta a transição de acordo com as expectativas financeiro-orçamentárias do Poder Executivo.
 
O suplente de Efraim, senador André Amaral, elogiou o autor da matéria. Segundo Amaral, a desoneração é importante para a geração de emprego e para o desenvolvimento do país. Ele defendeu a aprovação da matéria, destacando o que considera uma transição suave, prevista na proposta, entre os anos de 2025 e 2027.
 
Para Jaques Wagner, relator da matéria, o projeto é importante para o equilíbrio fiscal do país. O senador elogiou os esforços na busca de um consenso em torno das regras de transição. Ele também afirmou que o projeto concretiza o acordo alcançado entre os Poderes Executivo e Legislativo para a instituição de um regime de transição com as devidas medidas compensatórias.
 
Acordo – A questão da reoneração da folha de pagamento chegou a ser judicializada pelo governo. O Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo até 11 de setembro para que o Congresso Nacional e o Executivo buscassem um acordo sobre a desoneração. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, acompanhou a votação da matéria no Plenário da Casa.
 
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, elogiou o acordo em torno do projeto. Ele afirmou que, se o conjunto de medidas de compensação não for suficiente, o Senado não se furtará a rever sua posição, de modo a favorecer outras medidas que colaborem para o equilíbrio fiscal. Para Pacheco, a desoneração tem um viés social, já que, segundo ele, os 17 setores beneficiados são os que mais geram empregos no país. Ele parabenizou o relator e o autor da matéria.

Assessoria