
Paraíba - A direção do Hospital Padre Zé emitiu uma nota no início da noite de hoje na qual revela uma situação financeira caótica. A instituição informou que o Município de João Pessoa não renovou a sua contratualização dos 100 (cem) leitos de Unidades de Cuidados Prolongados (UCP), alegando que as irregularidades praticadas na gestão anterior do hospital impedem o repasse de novos recursos.
O Hospital tentou questionar a decisão administrativa perante o Poder Judiciário, porém o pedido liminar foi indeferido na 1ª instância, sendo, portanto, objeto de recurso para o TJPB.
“Ademais, na próxima segunda-feira (14/04), às 10h, haverá uma reunião no Ministério Público da Paraíba com a tentativa de discutir alternativas jurídicas e administrativas para assegurar a continuidade dos serviços de saúde mantidos pelo hospital. Sendo assim, salvo se houver modificação no atual panorama, o Hospital Padre Zé, lamentavelmente, ao final do mês terá que encerrar a sua história de 90 anos oferecendo saúde, acolhimento e conforto aos mais vulneráveis do estado da Paraíba”.
Crise
A crise do Hospital Padre Zé começou em agosto do ano passado quando um esquema de desvio de verbas foi descoberto na gestão do ex-diretor geral da instituição, Padre Egídio, que chegou a ser preso na Operação Indignus. Ele teria desviado cerca de R$ 140 milhões dos cofres do hospital.