Pandemia

Secretário de Saúde do Estado questiona ocupação de leitos no Pedro I, em CG: “Para que um leito de UTI funcione requer estrutura”

O secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, contou, em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (9), a história de um paciente com Covid-19 de Boqueirão que teria passado cerca de 48 horas tentando um leito para internação.

Segundo Geraldo, o paciente foi levado à Campina Grande, mas a resposta do Hospital Municipal Pedro I, referência no tratamento da doença, teria sido de que não havia vagas.

“Aí nós trouxemos o paciente de Boqueirão, que já estava há quase 48 horas tentando regular, para o Hospital de Clínicas”, completou.

O gestor questionou ainda qual seria a justificativa do Hospital de Clínicas viver lotado e o Pedro I se pressupor que tenha uma taxa de ocupação de 45% a 50%.

“Tem que se encontrar uma explicação para isso, e qual é? A regulação do Hospital de Clínicas é feita pela Central Estadual de Regulação, é ágil!”

Vale lembrar que o próprio governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), confirmou que Campina Grande é a única cidade da Paraíba que não dispõe de leitos municipais para regulação do Estado.

Outro ponto ressaltado pelo médico foi o desejo da formação de um colegiado para fiscalizar os leitos hospitalares da Rainha da Borborema, sejam eles estaduais ou municipais.

“Ver o que está ocorrendo no Hospital Pedro I que estão precisando de monitores, inclusive solicitaram sessão de 10 monitores e 10 respiradores semana passada, isso é sintomático que eles não dispõem desses 50 leitos com todos os equipamentos e com plantonistas médicos, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, enfermeiros, porque para que um leito de UTI funcione requer essa estrutura”, disse.

Por fim, Geraldo denunciou ainda que desde março de 2020 a PMCG deixou de realizar algumas cirurgias no Hospital Pedro I, a exemplo da cirurgia de cálculo renal, cirurgia de hérnia e de vesícula.

“O Pedro I não faz, se tornou uma referência Covid-19, e não foi transferido para outro hospital a realização dessas cirurgias, então esses pacientes estão agonizando”, finalizou.

Redação

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba