Problemas de acessibilidade, higiene, segurança e de infraestrutura continuam sendo um desafio para os vendedores que trabalham no interior da Feira Central de Campina Grande e para vários feirantes que comercializam todo tipo de mercadoria no entorno daquele antigo espaço de comércio público da Rainha da Borborema. Como se não bastassem os problemas mencionados, parte da cobertura metálica, que desabou há quase um ano, por causa de uma forte ventania, ainda não foi recuperada pela prefeitura. É a segunda vez que esse tipo de ocorrência foi registrada. Por sorte, no dia, ninguém foi ferido em consequência do desabamento.
Toda a área onde se verificou o desabamento foi interditada no momento da ocorrência pela Defesa Civil do Município, mas encontra-se totalmente abandonada até está segunda-feira 14/06/2021. O acidente ocorreu na área dos sanitários. O Mercado Central é uma construção da década de 1940. O projeto, que prevê a revitalização do espaço que reúne cerca de mil vendedores, está parado desde 2008, segundo atesta o presidente da Associação dos Feirantes, Cícero Rodrigues, quando o ex-prefeito Romero Rodrigues, fez a cidade perder R$23 milhões em Emendas, deixadas pelo ex-deputado e atual Ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho.
No entendimento de Cícero Rodrigues, a falta de investimento para tornar o Mercado Central um ambiente mais atrativo está desde a gestão passada motivando a fuga de clientela. Muitos consumidores, segundo ele, estão optando por fazer as compras de gêneros de primeira necessidade e de carnes nos estabelecimentos de comércio por atacado e varejo, devido à comodidade e a higiene, principalmente em tempos de pandemia. Ainda na opinião do presidente da Associação dos Feirantes, falta ao poder público, uma atenção especial com o Mercado, para fazer com que os fregueses que se abasteciam ali, voltem a fazer suas compras no antigo mercado campinense.
O administrador do Mercado, Agnaldo Batista, informou que a reforma da cobertura previa a substituição de parte do telhado e a recuperação das pilastras de sustentação que já revelam sinais de desgaste. Ele explicou que a licitação para escolha da empresa, que iria ser responsável pela reforma, deveria ter sido feita no mês de março de 2020. O procedimento não foi possível porque todos os processos licitatórios do Município, segundo ele, estavam voltados para as ações de enfrentamento da pandemia da covid-19. Porém durante todo o período eleitoral a prefeitura de Campina não paralisou as obras de asfaltamento e pavimentações, mesmo estas não tendo nenhuma vinculação com a pandemia.
Com o agravamento do problema da segurança decorrente do desgaste das colunas de sustentação da cobertura metálica, técnicos da Defesa Civil estiveram no mercado ainda em 2020 e produziram outro laudo sobre o desabamento de parte do teto do velho centro de comércio popular. Com esse laudo os técnicos esperavam sensibilizar a Procuradoria Geral do Município e o Ministério Público, a autorizarem a licitação dos serviços, algo não realizado até o momento atual.
Fonte: ASSESSORIA
Créditos: POLÊMICA PARAÍBA