O jogo entre as seleções femininas de Brasil e Argentina em Campina Grande, marcado para esta sexta-feira (17), pode acontecer sem convidados ou torcedores caso a Prefeitura Municipal não apresente, em tempo hábil, um protocolo de realização de eventos esportivos. De acordo com o procurador de Justiça do Ministério Público da Paraíba, Valberto Lira, até a manhã desta quinta (16) a gestão não havia divulgado o planejamento de regras sanitárias para a partida.
Pela programação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Brasil e Argentina se enfrentam no Estádio Amigão a partir das 16h desta sexta. No entanto, segundo o procurador Valberto Lira, nem a CBF, nem a Federação Paraibana de Futebol (FPF) comunicou oficialmente a realização do jogo às autoridades de segurança, como prevê o Estatuto do Torcedor.
“Estamos aguardando posicionamento do secretário da Saúde de Campina Grande, Filipe Reul, que já esteve presente em reuniões com o Ministério Público e sabe o que precisa ser feito. Caso a Prefeitura Municipal insista em não apresentar protocolo de segurança sanitária, vamos recomendar às autoridades que seja autorizada entrada no estádio apenas das jogadoras, comissões técnicas, imprensa credenciada e profissionais essenciais para a partida, como árbitros e gandulas”, alertou.
Na segunda-feira (20), as seleções voltam ao campo, desta vez no Almeidão, em João Pessoa, para partida com início previsto às 16h. Apesar de também não haver comunicação oficial sobre o jogo às autoridades de segurança, a situação da Capital é bem mais favorável do que a de Campina Grande, uma vez que o Município apresentou protocolo de realização de eventos esportivos. O texto precisa de ajustes e o assunto será discutido em reunião nesta quinta-feira (16).
Entre os pontos a ser modificado está o limite de público no estádio. Segundo o procurador Valberto Lira, existem inconsistências nos números apresentados pela Federação Paraibana de Futebol. “Sabemos que a comissão da Argentina tem pouco mais 50 pessoas, mas foram listadas 80. Também há previsão da presença de 120 presidentes de clubes. Isso está totalmente fora da realidade, os números não batem. No total, a intenção da Federação seria levar 900 pessoas para o estádio. Não será aceito de forma alguma”, cravou o procurador.
O limite de público será definido nesta quinta, mas, para Valberto Lira, o razoável será permitir a entrada de 400 ou 500 pessoas, no máximo. A reunião de membros do Ministério Público com a Prefeitura de João Pessoa também vai estabelecer regras de fiscalização no Almeidão. Valberto Lira sugere que sejam abertos apenas dois portões. A expectativa é de que todos os presentes devam passar por credenciamento de dados pessoais e precisem apresentar cartão de vacinação e teste com resultado negativo para Covid.
Até a publicação desta matéria, Prefeitura de Campina Grande e FPF não haviam se manifestado publicamente sobre o assunto.
Fonte: Portal Correio
Créditos: Polêmica Paraíba