O Hospital Help em Campina Grande, enfrenta uma grave crise financeira que o impede de receber recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério da Saúde. A fundação mantenedora do hospital foi descredenciada, após a constatação de que os recursos recebidos estavam sendo utilizados de forma inadequada. O uso do dinheiro para custeio e manutenção da estrutura, ao invés de ser direcionado exclusivamente para os serviços prestados, é uma das principais razões para essa situação.
Recentemente, a Portaria do Secretário de Atenção Especializada à Saúde cancelou o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) da Fundação Pedro Américo, mantenedora do Hospital Help. O cancelamento foi fundamentado em diversas legislações, incluindo a Lei Complementar nº 187, que estabelece regras para a certificação de entidades beneficentes, e a Portaria de Consolidação GM/MS nº 1, que regula o funcionamento do SUS. O Parecer nº 766/2024 concluiu que a fundação não atendeu aos requisitos obrigatórios para a manutenção do CEBAS, resultando no cancelamento com efeitos retroativos a 1º de outubro de 2018.
Além disso, o hospital foi contratado pela Prefeitura Municipal de Campina Grande, sem licitação, para realizar serviços de esterilização de materiais cirúrgicos para os hospitais do município, em um contrato que envolve milhões de reais. Essa relação com a gestão municipal, embora promissora, se tornou um ponto de tensão, uma vez que a falta de licenciamento adequado e a recente descredenciação impactaram diretamente sua capacidade de operar.
Impacto da Falta de Recursos na Operação do Hospital
A ausência de recursos financeiros tem gerado sérias consequências para a operação do Hospital Help. Sem o suporte do SUS, a instituição enfrenta dificuldades para manter seus serviços e garantir a qualidade do atendimento aos pacientes. A falta de verbas compromete não apenas a manutenção da infraestrutura, mas também a aquisição de insumos e a remuneração dos profissionais de saúde.
Os funcionários do hospital expressam preocupação com a situação, temendo que, se a crise persistir, poderá haver demissões em massa e redução dos serviços prestados à população. Pacientes que dependem de atendimentos regulares e emergenciais podem ser os mais afetados, resultando em um aumento da pressão sobre outros hospitais da região.
O Grupo UNIFACISA, que atua na área de educação e saúde, também está envolvido na situação do Hospital Help. A instituição tem buscado formas de intervir e ajudar a estabilizar a situação financeira do hospital. A parceria com a UNIFACISA poderia trazer uma nova perspectiva e soluções inovadoras para a gestão do hospital, mas, até o momento, não há um plano concreto que tenha sido implementado.