O Aeroporto João Suassuna, de Campina Grande, é o segundo do Bloco Nordeste a passar a ser administrado pela estatal espanhola Aena, a gigante do setor que em leilão realizado em março de 2019 arrematou seis aeroportos da região. A transferência de responsabilidade aconteceu nesta quinta-feira (16), quando o terminal sai da alçada da Infraero.
Em contato com a reportagem, a Infraero informou que geria o aeroporto de Campina Grande desde 1980, e que a data de transferência foi afixada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em acordo com a empresa vencedora do leilão.
A Aena foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos. O objetivo era saber que tipo de mudanças a empresa pretendia realizar no aeroporto e se já havia algum tipo de cronograma para essas mudanças, visto que a partir de agora o modelo de gestão poderá ser pensado da forma como ela achar melhor.
No site oficial da empresa espanhola, na seção destinada ao Aeroporto João Suassuna, tem-se apenas informações sobre taxa de embarque. Até 10 de fevereiro de 2020, cada passageiro vai pagar R$ 25,89 de taxa de embarque (valor esse que, em regra, é cobrado pelas empresas aéreas no ato da compra das passagens).
A partir de 11 de fevereiro, no entanto, a taxa de embarque sofrerá um reajuste e vai passar a ser de R$ 26,74.
Aeroporto de João Pessoa
A Anac informou por meio de nota que os outros quatro aeroportos do Bloco Nordeste, entre eles o Aeroporto Castro Pinto, de João Pessoa, estarão aptos de serem transferidos para a Aena a partir de 11 de fevereiro. Esta data, ainda de acordo com a Anac, foi definida dentro do Plano de Transição Operacional previsto no leilão.
O comunicado da Agência explica que a data de 11 de fevereiro serve como uma espécie de janela de transferência, quando essa passa a ser possível. Mas isso não significa dizer que todos eles passarão para a Aena exatamente neste dia específico.
Ademais, os passageiros do Aeroporto de João Pessoa já começarão a pagar as taxas reajustadas: R$ 26,74 para os voos domésticos e R$ 105,04 para os voos internacionais, visto que da capital paraibana saem voos internacionais para a Argentina.
Aena no Nordeste
Além dos terminais de Campina Grande e de João Pessoa, a empresa espanhola arrematou, em março do ano passado, com ágio de 1.010% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 171 milhões, os aeroportos de Recife, Maceió, Aracaju e Juazeiro do Norte (o primeiro a ter transferência concluída).
A previsão é que os terminais, que compõem o Bloco Nordeste de Concessões de Aeroportos, recebam, ao longo dos próximos 30 anos, investimento de R$ 2,153 bilhões, sendo que um terço, ou R$ 788 milhões, deverá ser aplicado nos próximos cinco anos.
Em seu portal na internet, a Aena informa que esses aeroportos registram em 2018 um tráfego de 13 milhões de passageiros, o que correspondeu a 6,5% do total nacional.
Fonte: G1 PB
Créditos: Polêmica Paraíba