Barragem

Cajazeiras: Engenheiro do Dnocs descreve providências em barragem e assegura: “Não há qualquer risco de rompimento”

Estão sendo executados serviços de recuperação e modernização para adequação da barragem

Cajazeiras: Engenheiro do Dnocs descreve providências em barragem e assegura: “Não há qualquer risco de rompimento”

Engenheiros do Dnocs responsáveis por monitorar a situação da Barragem do Boqueirão (Engenheiro Ávidos) informaram que, apesar de ainda ocorrer certa vazão de água pela estrutura, há indícios de estabilização. Isso aconteceu mesmo após a instalação de duas novas comportas. Segundo o engenheiro André Giovanni Fontes Sarmento, do setor de Recursos Hídricos do órgão, não há risco de rompimento da barragem. A questão teve início devido às fortes chuvas na região, que elevaram consideravelmente o nível da água. Com isso, a barragem provisória, também conhecida como ensecadeira, apresentou vazamentos, comprometendo os trabalhos que vinham sendo realizados na captação de água da barragem principal.

Além disso, estão em andamento a realização de trabalhos de recuperação e modernização para aperfeiçoar a barragem. Nesse sentido, foi instalada a montante uma estrutura temporária, com o propósito de facilitar a execução dos serviços hidromecânicos que estão sendo feitos na entrada de água. Ações – Desde a identificação do problema, os especialistas do Dnocs já tomaram medidas para abrir as comportas da barragem, em maior quantidade, com o intuito de regular o nível de água do Reservatório e prevenir que a estrutura temporária seja transbordada, além de reduzir a infiltração. Além disso, na última quarta-feira (17/04), foram instaladas duas comportas extras para controlar o fluxo de água.

“Nesta sexta-feira, medidas estão sendo tomadas, com mergulhos previstos para resolver o problema de percolação na barragem. André afirmou que nunca houve risco de rompimento da estrutura. Ele explicou que a barragem tem capacidade para liberar 1.600 metros cúbicos de água por segundo, com uma abertura de 9 metros. Atualmente, o nível está em 1,70 metro, ou seja, abaixo do mínimo, e, portanto, não contribui para as inundações.”

Conforme explicado pelo engenheiro, São Gonçalo enfrenta um problema de drenagem desde a concepção das Várzeas de Souza, o que impede o fluxo normal da água. Além disso, há obstruções no leito do Rio Piranhas. Em resumo, as inundações na região não são causadas pela vazão de São Gonçalo nem pela barragem local. A capacidade de vazão dessa cidade é de 2 metros cúbicos e estava em 42 centímetros na manhã de sexta-feira (19/04). Portanto, segundo André Giovanni, as inundações não estão relacionadas à vazão de água dessas áreas.

De acordo com Alberto Gomes, coordenador estadual do Dnocs, as obras de restauração e atualização dessa represa começaram há quatro anos sob a responsabilidade da Diretoria de Infraestrutura do Dnocs do Ceará. Ele lembra que foi solicitado que técnicos da Paraíba fossem enviados para auxiliar nas etapas dos trabalhos, com orientações do engenheiro André Giovanni.

Alberto destaca que a Senadora Daniella e o deputado Aguinaldo Ribeiro garantiram que irão se empenhar ao máximo para colaborar com o Ministro Valdez Goes (Desenvolvimento Regional) e o diretor-geral do Dnocs, Fernando Leão, na resolução do problema no menor tempo possível.