A doença misteriosa que já deixou mais de 500 pessoas doentes em Salvador é provocada pelo vírus Zika, da mesma família dos causadores da dengue e da febre chikungunya. A afirmação e de pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, que investigam o surto no Estado.
O Zika foi identificado em amostras de sangue de pacientes de Camaçari, na região metropolitana da capital. Casos semelhantes foram diagnosticados em 19 municípios da Bahia, que registrou os primeiros doentes em fevereiro. Em outros Estados do Nordeste, porém, já há registros desde outubro de 2014.
Também transmitido pela picada do mosquito da dengue e da febre chikungunya, o Aedes aegypti, o Zika provoca febre moderada (entre 37.8°C e 38.5°C), dor de cabeça, dor nas articulações e conjuntivite. Além disso, também pode provocar vermelhidão e erupções na pele, que levam a doença a ser confundida com outras enfermidades.
Apesar do desconforto, a febre Zika não é considerada grave e autoridades médicas internacionais não recomendam nenhum protocolo de tratamento específico para a doença, além da necessidade de notificação dos casos.
Isolado no final dos anos 40 em macacos na floresta africana de Zika, em Uganda, o vírus foi detectado em humanos em 1968, na Nigéria. Até 2007 não havia registros da doença fora da África e da Ásia, quando um surto foi identificado na Micronésia, na Oceania.
Band