Imagens gravadas minutos após um segurança atear fogo em crianças de uma creche municipal de Janaúba, no Norte de Minas Gerais, nesta quinta-feira, mostra momentos de desespero e pânico de quem estava no local e presenciou o incêndio. Segundo a Polícia Militar, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, jogou gasolina no próprio corpo, nas crianças e em seguida ateou fogo: quatro morreram.
No vídeo é possível ver o momento em que policiais militares retiram de dentro da creche algumas crianças e moradores tentam apagar o incêndio dentro da creche. Uma mulher com queimaduras graves também é filmada, além de crianças.
As quatro vítimas, todas com quatro anos de idade, foram identificados pela Polícia Civil: Juan Prado Cruz dos Santos, Luiz Davi Carlos Rodrigues Nascimento, Ruan Miguel Soares Silva e Ana Clara Ferreira Silva. o segurança morreu à tarde, no hospital, com quase 100% do corpo queimado. Aproximadamente 45 pessoas ficaram feridas, sendo que sete em estado grave.
De acordo com a prefeitura de Janaúba, o segurança trabalha desde 2008 na creche e nunca teve qualquer ocorrência em seu currículo. Ele voltara das férias e estava de licença médica. Ainda não se sabe o motivo que o levou a cometer os assassinatos.
Os serviços de emergência foram acionados por volta de 9h40m desta quinta-feira. O chamado era de “ocorrência grave” e demandou todas as viaturas disponíveis do Corpo de Bombeiros Militar em Janaúba. Também há pelo menos uma professora ferida. O vigia foi levado para o hospital em estado grave e morreu horas depois.
Na manhã desta quinta-feira, ele foi à creche e chamou um das professora. Ainda de acordo com a prefeitura, a funcionária acreditou que Damião estava levando um atestato médico.
O Governo do Estado de Minas Gerais informou que dois helicópteros, um da PM e outro do Corpo de Bombeiros, saíram de Belo Horizonte rumo a Janaúba para ajudar no socorro dos feridos. Algumas vítimas foram deslocadas para uma unidade hospitalar de Montes Claros, referência no tratamento de queimaduras. O Hospital João XXIII, na capital mineira, montou a estrutura para receber pacientes.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que realizou a perícia no local e abriu inquérito para apurar o caso. Agentes foram à residência do vigia e de seus familiares para levantar informações que possam auxiliar na investigação.
Créditos: Extra