A CrusoÉ publicou uma segunda reportagem, nesta segunda-feira (23), mostrando a ação dos hackers para roubar mensagens de aplicativos de autoridades. Segundo a revista, os arquivos encontrados pela Polícia Federal nos computadores dos suspeitos revelam tentativas de gerar crises a partir do uso indevido dos nomes das vítimas da invasão e de conversas forjadas atribuídas a essas pessoas.
Uma dessas tentativas maquinadas pelos hackers envolveu a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann, diz a revista.
Conforme notícia assinada pelo jornalista Felipe Coutinho, no dia 21 de julho os suspeitos combinaram de usar o Telegram da parlamentar para enviar mensagens em nome dela. No mesmo dia, ela publicou nas redes sociais um vídeo em que afirmava ter sido vítima de um ataque hacker.
Segundo a reportagem, a trama ficou registrada em mensagens trocadas entre Walter Delgatti Neto, o Vermelho, e Luiz Henrique Molição, preso na semana passada pela PF, na segunda etapa da Operação Spoofing.
O Vermelho, segundo a revista, enviou mensagem ao jornalista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, com uma mensagem que teria potencial de criar uma crise entre o governo e o Ministério Público Federal. “O governo já deixa vazar que considera o MPF como inimigo”, escreveu o hacker, tentando se passar pela deputada.
A tentativa não deu certo, pois as autoridades já haviam sido alertadas das invasões e o jornalista desconfiou das mensagens.
Uma troca de mensagens em que a Vermelho e Molição tratam da invasão do celular da deputada reforçou, para os investigadores, a suspeita de que os dois atuaram conjuntamente no esquema.
Molição, que conversou com Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, foi alvo de mandado de prisão temporária na última quinta-feira, 19, na segunda fase da Operação Spoofing. Nessa mesma data, a PF prendeu Thiago Eliezer Martins, o Chiclete, um programador de Brasília que seria o “guru” do Vermelho.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: com informações de CrusoÉ