UMA NAÇÃO DE JULIETTES: Fazer brotar o melhor de si mesmo nas situações mais complexas - Por Alberto Gorayeb

Uma nação de Juliettes

“Juliette, o Brasil é seu tiete”, diz uma das muitas homenagens que a participante do BBB21 vem recebendo dos telespectadores desta novela da vida real.

Mas por que Juliette vem despertando tanta simpatia de (pelo menos) 22,9M de pessoas, número atual de seguidores em seu Instagram?

Mulher, nordestina, de família humilde, batalhadora, advogada por formação mas que ganha a vida com um hobby – quantos não vivem este dilema ou se vêem refletidos nesta história?

No reality foi mal compreendida, julgada, excluída, sofreu xenofobia, bullying, mas seguiu firme. Chorou e levantou a cabeça como gostaríamos de fazer com mais frequência, ou com a facilidade inspiradora que ela o faz.

Juliette nos traz a esperança da coragem que gostaríamos de ter, desperta o espaço de liberdade que almejamos chegar. Não sente vergonha de ser quem é, falar o que pensa, expor sentimentos. De ser atrapalhada, emotiva, não se encaixar nos padrões do “camarote” da vida real. E sabe por que ela nos desperta tanta simpatia? Por que não há “camarote” na vida real.

Histórias como a de Juliette refletem nosso lugar no mundo e nos fazem compreender que contos de fada não existem. Que despidos, sendo nós mesmos, podemos nos aceitar e nos encaixar nos nossos próprios padrões.

Ela nos ensina sobre resiliência e sobre resistir, não à toa seu símbolo é um cacto, que mesmo diante de tantas adversidades, floresce.