Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negaram, nesta quinta-feira (19), por unanimidade, dois pedidos feitos pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo uma exceção de suspeição e um habeas corpus, e mantiveram o juiz Sérgio Moro à frente do processo em que o petista é acusado de receber propina da Odebrecht.
De acordo com informações do portal G1, esta não foi a primeira tentativa dos advogados de afastar Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, da ação. No dia 22 de setembro, o próprio TRF4 negou uma solicitação semelhante.
No caso do habeas corpus, a defesa alega ter havido “ato ilegal” durante o depoimento prestado por Lula na Justiça de Curitiba, em 13 de setembro.
“No final do interrogatório de Lula, realizado em 13 de setembro, o juiz afirmou que o ex-presidente é ‘culpado’ e na sequência disse, ainda, em tom ameaçador ‘se nós fôssemos discutir aqui, não seria bom pro senhor'”, cita o advogado de Lula, Cristiano Zanin.
Já o pedido de exceção de suspeição foi feito em nome de Lula e da esposa Marisa Letícia Lula da Silva. Para os advogados do ex-presidente, o juiz “não detém a imparcialidade necessária para julgá-lo diante do deferimento de medidas cautelares que configuram prejulgamento da causa ou mesmo pelo fato de seu modo de agir em todos os feitos criminais no qual o ora excipiente figura como investigado ou réu”.
Fonte: G1