“Eu nem sei dizer como estou me sentindo. Estou sem reação nenhuma. Solitário. Agora só o tempo mesmo para curar isso”, declara ele.
O filho de Antônio, Stênio da Silva, de 26 anos, foi o primeiro a sentir os sintomas da covid-19 na família. Ele precisou ser internado em 11 de março e, com o agravamento da doença, foi intubado.
Depois, a mulher de Antônio, Simone Maria da Silva, de 46 anos, também começou a apresentar sintomas da covid-19 e foi internada no mesmo hospital. A próxima foi a sogra de Antônio, Raimunda, de 71 anos, que também se contaminou e precisou de internação.
Simone foi a primeira a morrer, no dia 18 de março. Uma semana depois, Raimunda também não resistiu. E no domingo (28) foi Stênio que faleceu.
“Desde o dia 11 a gente não teve mais paz. Era só notícia ruim. Minha mulher viu tudo. Meu filho sendo transferido de hospital e intubado. Ela ficou muito mexida”, lembra Marcelo.
Antônio era casado com Simone há 30 anos e eles tinham mais dois filhos juntos, um de 4 e outro de 12 anos.
“Meu filho de 4 anos nem sabe ainda que eles morreram. Para ele, a mãe está no hospital cuidando do irmão. A gente já tentou entrar no assunto, mas ele não quer ouvir”, conta Marcelo.
Mortes por covid do Distrito Federal
Ontem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou mais 94 mortes por covid-19. Foi o maior número de óbitos notificados em 24 horas na capital desde o começo da pandemia.
O total de vítimas chega a 5.912, e os infectados somam 343.111, sendo que 1.353 foram confirmados ontem.
Fonte: Uol
Créditos: Uol