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Trabalho informal e de baixa qualidade contribuiu para a queda do desemprego

No trimestre encerrado em outubro, a taxa de desemprego recuou para 12,2%, aponta o IBGE; mas segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento da instituição ainda não há sinais de recuperação da carteira assinada no País.

O mercado de trabalho brasileiro manteve a tendência de geração de vagas no trimestre encerrado em outubro, mas os postos de trabalho ainda são informais, de baixa qualidade, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,2% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um recuo de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho de 2017, quando a taxa de desemprego atingiu 12,8%.

Em apenas um trimestre, foram criados 868 mil postos de trabalho. No mesmo período, porém, foram extintas 37 mil vagas com carteira assinada no setor privado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

“São postos de trabalho sobre uma plataforma informal. Isso é conhecido de crises passadas, é um primeiro momento da retomada. Então é aguardar para ver até quando essa expansão da informalidade vai se dar. Até o momento, não temos um sinal de recuperação da carteira assinada no País”, disse Azeredo.

Segundo o coordenador, a geração de vagas formais no setor privado depende ainda de uma recuperação maior da construção e da indústria, que absorvem grande contingente de trabalhadores com carteira assinada.

“A ideia é que dentro do setor privado, 100% dos trabalhadores tenham carteira”, ressaltou Azeredo.

Em três anos, o País perdeu 3,5 milhões de empregos com carteira assinada no setor privado, lembrou o pesquisador.

Fonte: Estadão
Créditos: Daniela Amorim