crescendo expressivamente

TERCEIRA ONDA: Ocupação de UTIs é crítica em 8 estados e no DF, aponta boletim da Fiocruz 

A taxa de ocupação de leitos de UTIs para tratamento da Covid-19 no Brasil segue elevada em meio ao avanço da altamente transmissível variante Ômicron do coronavírus, segundo boletim de acompanhamento da pandemia no país divulgado nesta quinta-feira por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontou uma espécie de "interiorização" dessa cepa.

A taxa de ocupação de leitos de UTIs para tratamento da Covid-19 no Brasil segue elevada em meio ao avanço da altamente transmissível variante Ômicron do coronavírus, segundo boletim de acompanhamento da pandemia no país divulgado nesta quinta-feira por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontou uma espécie de “interiorização” dessa cepa.

Em relação aos Estados, oito mais o Distrito Federal estão em situação considerada crítica (com taxa de ocupação de 80% ou mais): Amazonas (80%), Piauí (87%), Pernambuco (88%), Mato Grosso do Sul (103%), Mato Grosso (86%), Goiás (91%), Espírito Santo (83%), Rio Grande do Norte (86%) e Distrito Federal (97%).

Houve aumentos nas taxas de ocupação de UTIs do Amazonas (75% para 80%), Piauí (82% para 87%), Paraíba (28% para 41%), Pernambuco (81% para 88%), Alagoas (53% para 69%), Bahia (67% para 74%), Minas Gerais (28% para 37%), São Paulo (66% para 72%), Paraná (61% para 72%), Santa Catarina (53% para 76%), Mato Grosso do Sul (80% para 103%), Mato Grosso (78% para 86%) e Goiás (82% para 91%).

Em contrapartida, conforme a sondagem, registram-se quedas nas taxas em Rondônia (65% para 58%) e Ceará (75% para 67%), possivelmente respondendo ao acréscimo de leitos.

Na sondagem anterior, entre os dias 17 e 24 do mês passado, 12 unidades da federação estavam com patamar crítico, 12 no nível intermediário e oito fora da zona de alerta.

“O comportamento das taxas de ocupação em Estados e capitais parecem apontar, em alguma medida, para a interiorização de casos de Covid-19 pela variante Ômicron, com algumas capitais já apresentando mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos Estados crescem expressivamente”, disse o boletim.

Entre 25 capitais com taxas de ocupação de UTIs divulgadas, em levantamento realizado entre os dias 24 e 31 de janeiro, 13 estão na zona de alerta crítico (acima de 80% das vagas), nove na zona de alerta de intermediário (quando a ocupação das UTIs está entre 60% e 79%) e oito fora da zona de alerta (abaixo de 60%).

Pela sondagem, constavam em zona de alerta crítico: Manaus (80%), Macapá (82%), Teresina (83%), Fortaleza (80%), Natal (percentual estimado de 89%), Maceió (81%), Belo Horizonte (86%), Vitória (80%), Rio de Janeiro (95%), Campo Grande (109%), Cuiabá (92%), Goiânia (91%) e Brasília (97%).

No nível intermediário, por sua vez, estavam Porto Velho (77%), Rio Branco (70%), Palmas (72%), São Luís (64%), Recife (77%, considerando somente leitos públicos municipais), Salvador (68%), São Paulo (75%), Curitiba (71%) e Florianópolis (68%).

“O comportamento das taxas de ocupação em Estados e capitais parecem apontar, em alguma medida, para a interiorização de casos de Covid-19 pela variante Ômicron, com algumas capitais já apresentando mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos Estados crescem expressivamente”, disse o boletim. O avanço da Ômicron fez o país nas últimas semanas bater recordes de contágio pela Covid-19. Contudo, o número de mortes — embora tenha aumentado — não subiu na mesma proporção dos casos em razão do avanço da vacinação no país.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: uol