Diante das pressões da base aliada por uma reforma ministerial ainda neste ano, assessores do presidente Michel Temer disseram ao Blog que ele está disposto a atender ao pedido dos partidos aliados, mas desde que os governistas garantam os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência.
Segundo esses auxiliares, o governo não pode fazer um movimento desse porte sem a garantia de que seus projetos prioritários serão aprovados.
Na lista, além do novo texto da reforma da Previdência, estão também as medidas provisórias do ajuste fiscal que garantem o cumprimento da meta do próximo ano.
A expectativa da base aliada é que o presidente Temer chame os líderes dos partidos governistas para conversas ao longo da semana que vem para discutir o tema.
PMDB e as legendas do antigo centrão, como PP e PR, querem que o presidente retire os ministérios do PSDB e os redistribua entre os aliados que têm votado com o Palácio do Planalto.
Interlocutores do presidente revelaram que ele pode adotar uma saída meio-termo. Dos quatro ministérios hoje com o PSDB, Temer pode retirar dois e entregá-los para outros partidos da base.
Assim, agradaria aos aliados que pressionam por uma reforma ministerial e manteria do seu lado a ala tucana que defende a permanência do PSDB no governo. Faria isso como cota pessoal sua.
Os aliados de Temer, que querem desalojar o PSDB do Esplanada dos Ministérios, estão de olho na Secretaria de Governo, que faz a articulação política, e principalmente no Ministério das Cidades, pasta que tem elevado potencial de investimentos nos municípios. Algo muito valorizado por parlamentares, principalmente em ano de eleição como 2018.
Fonte: G1
Créditos: G1