Apesar de mais da metade da população brasileira (51,1%) ser formada por mulheres, elas são minoria no Congresso, em cargos de liderança e ainda recebem salários mais baixos do que os homens, mesmo quando assumem papéis iguais no mercado de trabalho.
Enquanto isso, precisam se dividir em duplas, triplas jornadas, para conciliar a carreira, a maternidade e afazeres domésticos, cuja responsabilidade recai mais sobre as suas costas.
Roupas de bebê de cores ou personagens atribuídas às meninas são 23% mais caras do que aquelas ditas de meninos, segundo estudo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Já a diferença entre brinquedos voltados para os gêneros distintos chega a 26%. Em geral, conforme o levantamento, artigos e serviços voltados para o público feminino sofrem aumento de 12,3%.
A alta também é observada em medicamentos. Consumidoras percebem, por exemplo, valores mais altos para analgésicos com rotulagem pensada para atrair a mulher do que outros comprimidos com a mesma composição química, que também podem ser usados para cólicas menstruais.
Esse fenômeno é conhecido como “Taxa Rosa” (Pink Tax, em Inglês). Apesar do nome, não se trata de mais impostos embutidos, mas de um sobrepreço perpetrado pelo mercado.
No Brasil, a tributação é concentrada no consumo, ocasionando a chamada regressividade (quando se arrecada mais de quem ganha menos).
Resumidamente, a “taxa rosa” é a majoração aplicada em produtos voltados para as mulheres, com rótulos que reforçam estereótipos de gênero, como cores rosas e referências a personagens “princesas”.
Para solucionar esse problema, é necessário fiscalização intensiva de órgãos de defesa do consumidor contra a prática e consciência social para denunciá-la.
Fonte: Diário do Nordeste
Créditos: Polêmica Paraíba