Um sobrinho do cantor Naldo Benny é um dos dois mortos da operação desta segunda-feira (25) no Complexo da Maré.
A assessoria do funkeiro afirmou no início da madrugada desta terça-feira (26) que Dênis Brito foi baleado e morto na comunidade Vila dos Pinheiros.
“Naldo está profundamente abalado, pois era um sobrinho querido. Naldo está muito triste. E junto da mãe do Denis, sua irmã Soleide, Naldo sempre foi muito próximo a essa irmã. Ele amava o Denis. A família está completamente sem chão”, comunicou.
Naldo também foi às redes sociais manifestar pesar.
“Dennis 😞🙏🏽🖤 eu te amo! Descance [sic] em paz. Que dor no coração meu Deus! Saudades…”, escreveu.
Segundo a PM, dois suspeitos, que estavam armados com pistolas, foram baleados nos tiroteios. Eles foram socorridos e morreram no Hospital Federal de Bonsucesso.
A polícia não divulgou o nome dos suspeitos baleados e também não informou se Dênis Brito era um deles. Três suspeitos foram presos.
Sem saúde e sem aulas
Segundo informações da Secretaria de Saúde, cinco unidades da comunidade foram fechadas por conta do tiroteio: Clínica da Família Adib Jatene, Clínica da Família Diniz Batista, Clínica da Jeremias Moraes, Centro Municipal de Saúde Vila do João e Centro Municipal de Saúde Augusto Boal.
Ainda por causa da operação, 25 escolas da região tiveram o horário de funcionamento afetados, segundo a Secretaria Municipal de Educação.
Os policiais apreenderam sete radiocomunicadores, seis cadernos de anotação do tráfico, um fuzil, um carro roubado e 26 tabletes de maconha.
Equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) também atuaram na região.
Recorde de mortos pela polícia
Também nesta segunda-feira (25), o Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou as estatísticas da violência de 2019 até o mês de outubro e afirmou que a PM bateu recorde de mortos em ações.
Este ano, em 10 meses, 1.546 pessoas foram mortas pela polícia. O número, o maior da série histórica, já superou os registros dos 12 meses de 2018, quando foram 1.534 óbitos.
A contagem é feita desde 1998.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba